sábado, 29 de agosto de 2009

foto:Eliete Cascaldi
O OLHAR...
Assim como não sabemos mais ouvir, temos também dificuldade para olhar o que nos rodeia usando todos os nossos sentidos ,inclusive a intuição.

Há uma miopia em todos nós, ou uma catarata que turva nossa visão,fechando-nos para todas as possibilidades existentes.A incapacidade é ainda maior quando se trata de olhar para dentro de nós mesmos. Miopia que crece proporcional à autofobia- medo do autoconhecimento.Acreditamos possuir dentro de nós sómente sentimentos muito ruíns. É lamentável como ainda resistimos ao autoconhecimento, como ficamos armados e inseguros quando temos que nos mostrar.Resistência que aumenta à medida que ocupamos uma função relevante na sociedade. É a máscara colada no rosto.
"Somos como as rãs, anfíbios, uma parte de nós vive aqui embaixo, e outra tende para cima.Viver consiste nisto, ter consciência e saber disso, lutar para que a luz não desapareça vencida pela sombra".(Susanna Tamaro)

O mesmo alerta é feito por Brehony Kathleen quando afirma:"Não é a ponta dos icebergs que afunda os navios, pois podemos navegar em redor daquilo que vemos. É a parte do iceberg que está sob a água que cria o perigo".
Quando nos conhecemos mais profundamente, temos chance de sermos mais criativos e alcançar uma liberdade maior. Não precisamos criar barreiras ,não são necessárias tantas defesas. Quando nos conhecemos melhor, ficamos mais aptos a compreender o outro na sua complexidade, e assim julgamos menos. Tornamo-nos mais tolerantes, benignos e generosos e todos que estão conosco se beneficiam com certeza do nosso crescimento.Sem contar , que, somos capazes de rir de nossas imperfeições, de nossos deslizes e falar deles com mais naturalidade, aceitando dessa forma as críticas com menos dor, e não levando tudo para o "pessoal" . Passamos a aceitar que todos os seres humanos não nascem prontos.
E como indica Carl G. Jung passamos a buscar não pela perfeição, mas pelo crescimento.
“A inocência plena de um ser humano pode alçar ele para ave”,
Manoel de Barros .

fotos:Eliete Cascaldi

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Atitude é um ponto de vista mental,uma forma de estruturar a mente.
É a maneira como pensamos. É o que acontece dentro de nós-pensamentos e sentimentos- sobre nós mesmos, os outros, as circunstâncias e a vida em geral.
Uma atitude é semelhante a um estado de espírito, a uma disposição.É também uma expectativa.Pessoas que costumam ter atitudes positivas esperam o melhor;pessoas com atitudes negativas esperam o pior.Nos dois casos , as expectativas geralmente se concretizam. “Se sua casa queimasse, o que você procuraria salvar? O que levaria?”
O artista Jean Cocteau respondeu:”Levaria o fogo”.
Ave alegria
Ave alegria,
Cheia de graça,
o amor é contigo,
bendita é a risada
e a gargalhada!
Salve a justiça
e a liberdade!
Salve a verdade,a delicadeza
e o pão sobre a mesa!
Abaixo a tristeza!Ave alegria!
Sylvia Orthof

VALE APENA CONHECER ESTE TRABALHO DESENVOLVIDO EM PIRACICABA:
"NOSSAS VOZES POR NOSSAS VOZES" uma bela iniciativa; ação em pról de uma cultura do Concern

http://www.youtube.com/watch?v=bxvO8nYiLiE

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ENCONTROS CRIATIVOS
Nós nos aperfeiçoamos como pessoas quando criamos encontros com as realidades que nos rodeiam. Todo encontro requer:
abertura de espírito
Vontade de colaborar
Generosidade
Iniciativa
paciência/diálogo

Instaurar encontros exige praticar virtudes.Virtude é encarnação de valores.Pela via do encontro, humaniza-se e humaniza os que estão ao seu redor.È experimentar o amor por pessoas concretas e não pela humanidade em geral.
O encontro é um abrir portas.Cada ser humano é uma casa sagrada.Para sermos chaves criteriosas, teremos que descobrir outro tipo de chave-chaves de interpretação. O mero sentimento de compaixão é insuficiente.
O encontro verdadeiro deseja promover a pessoa a níveis superiores de vida. Busca soluções mais ambiciosas do que a necessária ajuda imediata.
Paul Tilich, teólogo expressou com clareza:
Só pelo contínuo encontro com outras pessoas é que a pessoa se torna e permanece pessoa".


Daí ser o encontro centro dinâmico do processo formativo da pessoa.O encontro demanda coragem.Coragem para encontrar o outro ser humano, com seus limites, suas dores, seus problemas, suas possibilidades, sua grandeza, suas contradições.
O encontro é um ato de conhecimento (e de autoconhecimento).
Encontrar-se implica criar um modo de unidade altamente valioso. Uma análise profunda do encontro requer compreendermos as diversas formas de unidade.Se eu sento a uma mesa qualquer, e peço um lanche, utilizo a mesa, depositando nela o meu prato e o copo de água.Estou unido à mesa, mas se trata de união passageira e meramente instrumental. Assim que eu me levanto não há mais nada, não resta nada entre mim e a mesa. Nessa experiência banal não foi superada a distância entre o dentro e o fora, entre pessoa e objeto. Para mim, a mesa continuará sendo realidade distante e externa.
É preciso suscitar algo novo e valioso mediante o encontro.
O verdadeiro encontro é unitivo e criativo.

O encontro é transformador. Quando não há verdadeiro encontro, continuam valendo os esquemas dentro-fora, interior-exterior, aqui-ali, indicando uma cisão entre duas realidades.
Onde não há encontro verdadeiro não há verdadeira colaboração, enriquecimento mútuo- e a criatividade inexiste.
fonte: Pensamentos de Alfonso López Quintás,Doutor em Flosofia(Madrid)


Ontem participei aqui em Jaboticabal do III Fórum Social Regional e foi um verdadeiro Encontro Criativo. Parabenizo todos os participantes e organizadores desse evento na pessoa do Vereador Murilo Gaspardo.
E também não posso deixar de ressaltar a conferência do Frei Betto- "Magnífica"

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

UM POUQUINHO DO QUE LEIO, GOSTO E APRENDO...
Do livro: "Meninas boazinhas vão para o céu, as más vão à luta" de Ute Ehrhardt,da Objetiva.
Característica da nova mulher :

A nova mulher encerra muitas contradições:
Ela se impõe, mas em geral, com a consciência pesada.Exteriormente, ela se mantém tranquila,mas interiormente reina um conflito: por um lado a nova mulher também deseja ser amada por todos, e se empenha em agradar. Por outro lado, ela sabe que desta forma se entranha na dependência.
Ela quer ser segura de si sem amedrontar os outros.
O velho ditado diz: o trabalho compensa, e deste modo as mulheres batalham e produzem muito, infelizmente muitas vezes no lugar errado.
Muitas mulheres exigem demais do seu potencial de realização e capacidade.
Esforçam-se ao máximo e alcançam muito;ao chegarem à sua meta , acreditam que seu sucesso não resulta do seu esforço e sim de fatores externos, como sorte e o acaso.Caso não consigam atingir seu objetivo, confirma-se a sua auto-avaliação latente: elas não suficientemente boas, outras certamente teriam feito melhor. Dicas da autora:
mulheres em harmonia consigo mesmas encontram um equilíbrio entre suas reivindicações e as exigências do meio em que vivem. Elas correm riscos, sabem que o risco significa poder ganhar e perder. E querem ganhar.
Elas sabem que um time de futebol que venceu o jogo por 3 a 2 também sofreu dois gols. Não se deixam abater por uma recusa ou um fracasso.
Não consideram um não uma ofensa pessoal.
Se algo falha, procuram as razões no problema, e não na sua pessoa.
Cuidado com a autocastração:
"Não posso ajudar-me": conceito de desamparo adquirido que a maioria das mulheres tem por exemplo quando fura um pneu do carro, acreditam não serem capazes de trocá-lo.
O desamparo tem consequências múltiplas.Geralmente colocam em dúvida sua capacidade em agir eficazmente;raramente perseguem até o fim os objetivos ; permanecem muito atrás de suas possibilidades.Diante de pequenas possibilidades desistem.

É preciso que saibamos que a realidade não é o fator decisivo, mas sim a avaliação subjetiva, que se baseia na convicção de que não se pode influir no desfecho positivo de uma situação. Consequência: as pessoas tornam-se incapazes de agir.
Cuidado com as "profecias auto-realizadoras": o conceito de profecia auto-realizadora diz: um acontecimentose concretiza porque existiu uma expectativa correspondente.
Ex: creio que posso ter êxito em um exame (expectativa de sucesso),estudo de modo organizado e confiante. Sinto-me relaxada e segura.A imagem interna é positiva.A probabilidade de êxito se eleva.

Convicções bloqueadoras resultam de experiências precoces de aprendizado. Elas impedem possíveis modificações. As pessoas não são freadas pela realidade, mas pelos seus modelos explicativos internos.

Acredito que essas características são dos dois sexos, portanto as sugestões cabem à todos.


































quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Para uma cultura do Concern

Reflexão escrita por Frei André Luís Tavares da Ordem dos Pregadores- "Dominicanos" (à convite)
A vida só ganha sentido quando percebemos (e não quando "temos absoluta certeza")que existe um Amor maior que nos ama, e que quer nossa felicidade.
Como o Amor exige partilha, não é algo que possa viver isolado em si, é claro que ele quer se comunicar a nós. Tomás de Aquino,uma das mentes mais bilhantes do século XIII, afirmava que nós cristãos chamamos este Amor de Deus.
O mesmo Tomás, que muito deve a outro gênio da Antiguidade, Aristóteles, vai-nos repetir o que o filósofo grego afirmava sobre uma origem de tudo:

Aristóteles afirmava existir um "motor imóvel", do qual tudo emanasse (os textos bíblicos, com uma outra linguagem,mais concreta, própria do pensamento semita, falarão de "fonte de vida"-cf.Sl 36,9,entre outros). Tomás identificou este primeiro motor, que faz com que tudo tenha movimento, com o Amor, que nós cristãos chamamos Deus;o próprio termo grego para "motor imóvel" nos explica o porque desta identificação: não se trata de um motorzinho que faz com que as coisas funcionem todas, não é a analogia de uma armadilha engenhosa ou de uma máquina,mas sim algo que atrai tudo para si. Logo, se este "motor imóvel" é o Amor, ele mesmo atrai todas as coisas para si, e todos somos atraídos pelo Amor.É próprio do Amor nos atrair.
A partir desta análise, gostaria de identificar vocação: é uma atração para o Amor.Estar vocacionado é estar apaixonado, e isto podemos afirmar com certeza. mas a paixão pelo Amor por exelência, por Deus mesmo, é uma paixão serena, que produz uma alegria serena.

Frei André Luis afirma : "para poder amar o Amor, descobri que este Amor chama a cada um de modo específico, de acordo com as graças de cada um, e quer que sejamos felizes no seu serviço".

No dia 11 de julho deste ano, Frei André decidiu dedicar toda a sua vida a Deus dentro deste modo de vida, inspirado e idealizado por São Domingos.

"Em um mundo de palavras fáceis e volantes, entrei na aventura de firmemente pronunciar um sim certo ao único Absoluto".

domingo, 16 de agosto de 2009

meus primeiros passos no mundo maravilhoso
da fotografia...



A magia das lembranças da infância
"Cresci brincando no chão, entre formigas.De uma infância livre e sem comparamentos.Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação".Manoel de Barros

adoro àrvores, principalmente seus troncos...
"Eu trago das minhas raízes crianceiras a visão
comungante e oblíqua das coisas".Manoel de Barros

o outono da minha vida está sendo assim...
" Bocó é sempre alguem acrescentado de criança"

quero aprender a transcender....
sentir cada vez mais a presença de Deus
em minha vida...

ah! este seu olhar...

inspiração: meu inesquecível pai, que mais do que sua filha ,sou também sua fã.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

PRINCÍPIO ÉTICO NÚMERO 2 : VERACIDADE
"O coração deve alimentar-se da verdade. como as lagartas de uma folha,até saturar-se da cor do alimento e manifestá-lo em cada...mínima fibra do seu ser. (Samuel Taylor Coleridge)
Para praticar o princípio ético da Veracidade, precisamos aprender a reconhecer a verdade acerca de nós mesmos. O que estou fazendo? O que estou dizendo? O que estou vendo? Será que quero ficar aqui? Estou porventura dizendo o que eu realmente sinto? È preciso coragem para encontrar a resposta veraz a essas perguntas e agir de acordo com ela.
Aquele que se permite contar uma mentira uma vez vai fazê-lo com mais facilidade da segunda e da terceira vez, até que a mentira se torna algo habitual; ele mente sem se dar conta disso e fala a verdade sem que ninguém acredite nele.Essa falsidade da língua leva à falsidade do coração e, com o tempo,mina todas as boas disposições deste". (Thomas Jefferson)
A razão não pode ser dona da verdade.A única maneira pela qual o corpo físico pode perceber claramente a Verdade é completando o seu vínculo com o corpo espiritual.
Reconhecer a Verdade em si mesmo pode ajudar-nos a evitar os pensamentos e comportamentos autodestrutivos.
Um dos aspectos importantes do princípio ético da Veracidade é o costume de tomar cuidado com o que se diz.
È muito fácil usarmos a verdade para fazermos o mal, a menos que nos lembremos de consultar não só o corpo físico, mas também o corpo espiritual antes de falar.
A verdadeira verdade é aquela que jamais há de ferir os sentimentos de uma pessoa.
Lembre-se o princípio ético número 1 é a não-violência.
Há uma história sobre um sábio que morava na floresta.Certo dia, o sábio viu um cervo correndo pelo caminho, e atrás do cervo veio o caçador. este aproximou-se do yogue e perguntou-lhe se ele tinha visto um cervo e se sabia em que direção ele tinha ido. O sábio respondeu: "Meus olhos viram,mas meus olhos não falam.Minha língua fala,mas ela não viu".
Desta maneira ele esquivou-se de contar a verdade que o caçador exigia, pois essa verdade teria feito mal ao cervo. Teria sido uma verdade conjugada à violência.
Alice Christensen nos deixa um lembrete valioso:A verdade não deve nunca separar-se da não-violência.
fonte/ livro: A yoga do coração (Dez princípios éticos para aumentar o bem-estar, a coragem e a confiança) de Alice Christensen

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Por uma cultura do CONCERN
PRINCÍPIO ÉTICO NÚMERO I: NÃO -VIOLÊNCIA
A prática desse princípio ensina a proteger-nos das nossas próprias atitudes autodestrutivas. Para a autora Alice Christensen , a simples presença de uma pessoa não-violenta faz diminuir a violência em todo o ambiente imediato.
Fazer mal a si mesmo se manfesta , na maioria das vezes, sob a forma de uma atitude autodestrutiva.Ex:comer demais, consumir substâncias como o àlcool, a cafeína, o açucar; não usar cinto de segurança ao dirigir o carro, ficar estressado por trabalhar demais,etc. Sabemos também que a maior parte das atitudes audestrutivas é causada por sentimentos de culpa ou de medo. Quando estamos tensos, estressados temos uma possibilidade maior de tratar mal outras pessoas, e, depois nos sentimos culpados.
Nesta nova consciência das coisas que nos causam danos, devemos incluir também a chamada agressão passiva, ou a violência causada pelo recusa a agir.
A yoga considera a exigência também como um ato de violência.
Todos nós nascemos da mesma fonte espiritual - DEUS-;portanto, fazendo mal a outra pessoa, fazemos mal a nós mesmos.

A prática perseverante do princípio ético da Não-Viôlência ajuda -nos a decidirmos se vamos ser construtivos ou destrutivos e a aceitar e assumir a responsabilidade pelos nossos atos.

Em vez de nos sentirmos como um escravo ou como uma vítima, podemos nos tornar muito fote, na medida em que nos libertamos das reações automáticas.
A Não- Vilocência cria em nós a capacidade de perceber a unidade invisível de todas as formas de vida.
fonte: A Yoga do coração (Dez princípios éticos para aumentar o bem-estar , a coragem e a confiança) Alice Christensen






quarta-feira, 12 de agosto de 2009


"O homem nasce projeto, não nasce pronto.
O homem nasce com todos os caminhos abertos à sua frente, e são infinitos esses caminhos, e cabe a ele escolher.
Então não se trata de, pela culpa ou pela castração, superar alguma coisa". Davi Litman Bogomoletz

domingo, 9 de agosto de 2009

Por uma cultura do Concern
A socióloga Ruth Benedict descreve a sociedade oriental-japonesa- como a Cultura da Vergonha e a sociedade ocidental como a Cultura da Culpa .
CULTURA DA VERGONHA:Funciona com base na obediência escrupulosa às regras de conduta, obediência vigiada pelos demais.A obediência estrita acarreta a aprovação e o louvor .Não existe o fenônemo da "dor de consciência", ou seja, não existiria o superego,explica Davi L.Bogomoletz.
CULTURA DA CULPA: o agente repressor é uma instância social internalizada. O indivíduo internaliza a vigilância e passa a policiar os próprios atos. Na sociedade regida pela culpa a ação será, regulada não mais pelo que dirão os "outros", mas pelo que dirá o superego, um "outro" internalizado. Nas duas formas de civilização a espontaneidade e a criatividade ficam prejudicadas.
Civilização do Concern: é marcada pela criatividade (inventividade, originalidade, espontaneidade) e pelo respeito voluntário ao outro.

Concern é um termo utilizado pelo psicanalista Winnicott para descrever uma atitude que leva o indivíduo a interessar-se espontaneamente pelo bem estar do outro.A atitude do concern consiste numa consideração prestada ao outro, que assim é percebido como "bom", "amigo", ou no mínimo como "não-inimigo", ao menos potencialmente.
Tal atitude contrasta visivílmente com o comportamento que poderíamos chamar de "estranhamento paranóide", tido como normal nos dias de hoje em nossa sociedade.Na atitude do concern,o "eu" age como se o outro lhe importasse por princípio, esteja ou não precisando de ajuda.
È uma atitude que identifica no outro uma qualidade positiva potencial, em vez de uma qualidade negativa em potencial.Há um potencial inato para a moralidade.
O diferente passa a ser tratado segundo a velha frase:
" Nada do que é humano considero , estranho a mim".
fonte:De Buber a Winnicott:Uma visão benigna da Sociedade ou Para Compreender a Nova Era David litman Bogomoletz/junho97
Vamos aderir com nosso comportamento para que essa cultura se instale rápidamente entre nós?
(continua na próxima postagem)




sábado, 8 de agosto de 2009

Ser assim é uma delícia
Desse jeito como eu sou
De outro jeito dá preguiça
Sou assim pronto e acabou
A comida de costume
Como bem e não regulo
Mas tem sempre alguns legumes
Que eu não sei como eu engulo
Brincadeira, choradeira,
Pra quem vive uma vida inteira
Mentirinha, falsidade,
Pra quem vive só pela metade
Quando alguém me desaponta.
Paro tudo e dou um tempo
Dali a pouco eu me dou conta
Que ninguém é cem por cento.
Seja um príncipe ou um sapo
Seja um bicho ou uma pessoa
Até mesmo um pé-de-nabo
Tem alguma coisa boa .
'Pé de nabo',

do Palavra Cantada

Fome Come
Palavra CantadaComposição: by Sandra Peres E Paulo Tatit

Gente eu tô ficando impaciente
A minha fome é persistente
Come frio come quente
Come o que vê pela frente
Come a língua come o dente
Qualquer coisa que alimente
A fome come simplesmente
Come tudo no ambiente
Tudo que seja atraente
É uma forma absorvente
Come e nunca é suficiente
Toda fome é tão carente
Come o amor que a gente sente
A fome come eternamente.
No passado e no presente
A fome é sempre descontente
Fome come fome come
Se vem de fora ela devora ela devora ela devora(qualquer coisa que alimente)
Se for cultura ela tritura ela tritura
Se o que vem é uma cantiga ela mastiga ela mastiga
Ela então nunca discute só deglute só deglute
E se for conversa mole se for mole ela engole
Se faz falta no abdome fome come fome come
Gente eu tô ficando impaciente
A fome sempre é descontente
Toda fome é tão carente
Qualquer coisa que alimente
Come o amor que a gente sente

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CONTEMPLAR...
Um dos sentimentos mais gratificantes -e também um dos que mais oferecem possibilidades de crescimento para a outra pessoa-advém do fato de nós apreciarmos as pessoas do mesmo modo como apreciamos um pôr-do sol,afirma o psicólogo Carl R. Rogers, em seu livro "UM JEITO DE SER".

"As pessoas são tão belas quanto um pôr-do-sol quando as deixamos ser. De fato, talvez possamos apreciar um pôr-do-sol justamente pelo fato de não o podermos controlar. Quando olho para um pôr-do-sol, como fiz uma tarde destas, não me ponho a dizer:"Diminua um pouco o tom do laranja no canto direito, ponha um pouco mais de vermelho púrpura na base e use um pouco mais de rosa naquela nuvem". Não faço isso,não tento controlar um pôr-do-sol.Olho com admiração a sua evolução.Gosto mais de mim quando consigo contemplar assim um membro da minha equipe, ou o meu filho,minha filha,meus netos.Acredito que esta atitude tenha algo de oriental.Para mim é mais gratificante". Carl Rogers

Apesar ...
dos recentes e recorrentes fatos do nosso Congresso Nacional , precisamos continuar acreditando que as pessoas são boas e honestas.
Carl Rogers também afirma:"Aprendi que num relacionamento, as expectativas podem se transformar fácilmente em exigências".
Em relação aos nossos representantes no Congresso acredito que é preciso ficarmos atentos e exigirmos atitudes éticas.


domingo, 2 de agosto de 2009

CASAMENTO
Reli recentemente um livro que gosto muito cujo título é "Palavras de Mestra -reflexões de uma psicóloga sobre os desafios da profissão e da vida" - da Dra.Mary Pipher.
A autora no capítulo 14 aborda o casamento.Inicia suas ideias citando Mark Twain:"O casamento é um exemplo do triunfo da esperança sobre a experiência".
No Meio-Oete dos Estados Unidos, na década de 70, os casais falavam sobre sexo.Na década de 80 discutiam sobre dinheiro e na de 90 brigavam por causa do tempo.
E agora em nosso período atual a autora acredita que os desafios que enfretam são compostos pelas lutas das três décadas anteriores.Todos estão tão ocupados em ganhar dinheiro,não há tempo para o sexo e nem para a conversa. Dra.Mary cita o que um paciente disse-lhe:!O sono é a nova forma de sexo".
O que fazer para que a paixão seja duradoura?
Como reconciliar o "nós" com o "eu"?
Causas dos conflitos no casamento:
.Vicíos, mentiras e violência. casamentos do tipo:"Não posso vivver com ele/ela,mas não posso ficar sem ele/ela.
.Desligamento entre os parceiros (indiferença) .Tanto o fogo como o gelo são suficientes para destruir a alma humana.
.Relacionamentos que se nutrem de brigas e das pazes.
.Relações onde o "calar" reina: o peso dos assuntos não ditos e não resolviddos acaba quebrando a espinha do casamento.
O contraste de personalidades pode ser vantasojo no casamento,mas um excesso de contrastes contribui para a solidão.
Assim como a comunicação , é importante falar sobre os conflitos, mas uma boa comunicação não significa dizer tudo.Muitos casais que se comunicam passam o tempo em picuinhas,críticas e desabafos, coisas que não são necessáriamente construtivas.

A boa terapia,o bom casamento, como a boa cozinha são demorados.Um bom casamento requer decisão e adesão às mudanças necessárias. É isso que acredito.
Embora as famílias sejam instituições imperfeitas, são também nossa maior fonte de sentido, ligação e alegria.

Apontadora de Idéias

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São Paulo, Brazil
"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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