terça-feira, 26 de janeiro de 2010




Aí vêm pelos caminhos,

Descalços, e pés no chão,

Os pobres que andam sozinhos,

Implorando compaixão.

Vivem sem cama e sem teto,

Na fome e na solidão:

Pedem um pouco de afeto,

Pedem um pouco de pão.

São tímidos?

São covardes?

Têm pejo?

Têm confusão?

Parai para os encontrardes,

E dai-lhes a vossa mão!

Guiai-lhes os tristes passos!

Dai-lhes, sem hesitação,

O apoio de vossos braços,

Metade de vosso pão!

Não receeis que, algum dia,

Vos assalte a ingratidão:

O prêmio está na alegria

Que tereis no coração.

Protegei os desgraçados

Órfãos de toda a afeição:

E sereis abençoados

Por um pedaço de pão...

Olavo Bilac

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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