Exclusão

O Evangelho (Marcos 1,40-45) deste domingo relata o encontro do leproso com Jesus. O homem de joelhos, pediu:"Se queres, tens o poder de curar-me".Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse:"Eu quero:fica curado!"No mesmo instante, a lepra desapareceu e ele ficou curado.
Este ensinamento ainda não conseguimos aprender: Não discriminar, não excluir pessoas, segundo critérios que consideramos certos, verdadeiros, bons ou maus. Escrevi um artigo para o jornal da APAE de Jaboticabal em 2007, que continua atual ,e portanto postarei aqui.
Este ensinamento ainda não conseguimos aprender: Não discriminar, não excluir pessoas, segundo critérios que consideramos certos, verdadeiros, bons ou maus. Escrevi um artigo para o jornal da APAE de Jaboticabal em 2007, que continua atual ,e portanto postarei aqui.

Guardo há algum tempo o livro “Uma Joaninha Diferente” de Regina Célia Melo, das edições paulinas.
É a história de uma joaninha que por nascer sem bolinhas, foi rejeitada por seu grupo.
Inconformada com a exclusão busca a ajuda do besouro preto, e junto arquitetam um plano.
Pedem ao pássaro pintor que pinte bolinhas no corpo do besouro e então saem ao encontro das joaninhas.
Chegando ao jardim o besouro é bem recebido por elas que nada percebem.
A joaninha sem bolinhas pede então um minuto de atenção e apaga a pintura do corpo do besouro e pergunta: Qual é a verdadeira joaninha?
A história nos fala das reações frente às diferenças; da dificuldade que temos em assimilar e aceitar o diferente.
Como diz Caetano Veloso: ”... narciso acha feio o que não é espelho”.
O lamentável nessa história e em nossas vidas é o comportamento de exclusão e rejeição frente ao diferente, de tudo aquilo que sai dos padrões tido como “normais”.
Somos orientados frequentemente a acreditar em procedimento “tamanho único” no que diz respeito às pessoas, esquecendo e deixando de apreciar aquilo que é único em cada ser humano - a sua singularidade.
Quantos casos de depressão, anorexia, bulimia, obesidade, ou tantas outras doenças modernas poderiam ser evitados se não houvesse padrões tão redutíveis.
Assim tem sido com as deficiências.
A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema: “Fraternidade e Pessoa com Deficiência” e como lema: “Levanta-te, vem para o meio!” (Mc 3,3) . È, pois um bom momento para perguntar tal como fez a joaninha.Qual é a verdadeira deficiência?
Frequentemente entendemos deficiência como doença, imperfeição, defeito ou mesmo incapacidade.
Assim como não é correto entender a deficiência como doença, também não é possível entendê-la como uma imperfeição ou defeito, uma vez que não existe perfeição ou ausência total de defeitos em qualquer ser humano.
A deficiência também não necessariamente leva a incapacidade. Algumas deficiências têm como consequência a incapacidade para alguma habilidade específica, mas não podemos esquecer que as incapacidades geradas por uma deficiência muitas vezes são maiores devido a uma situação de desvantagem do meio paras as diferenças existentes.
Pode ocorrer também de existir a falta ou a perda de alguma estrutura física e a pessoa não ser deficiente, como acontece com a joaninha da nossa história.
Daí a necessidade de prestar atenção ao uso de determinados conceitos.
A exclusão que se manifesta como preconceito, ignorância, insensibilidade ou mesmo sentimento de piedade, é a que provoca maior dor .
Lembremos que para a deficiência que compromete o corpo há tratamento, mas para aquilo que machuca a alma o dano é irreversível.
Vamos acordar e refletir : Qual é a verdadeira deficiência?

QUE A ACEITAÇÃO DAS DIFERENÇAS NÃO SEJA UM CONTO DE FADAS

QUE A DIFERENÇA SEJA UM DIFERENCIAL

É POSSÍVEL VIVER JUNTOS SE AS DIFERENÇAS VIEREM PARA SOMAR!
QUE A DIFERENÇA POSSA DESABROCHAR E SER ADMIRADA
PENSE : O QUE CABE NO SEU TODO?
As ideias voam além mar e Ana Paula é um belo presente.
Obrigada pela palavras de incentivo. Seu blog é muito lindo.
Nilza quero lhe agradecer também por sua participação,valeu!