sexta-feira, 24 de abril de 2009

Em estado de graça!!!!!
pois estou lendo "Grande Sertão:Veredas" de João Guimarães Rosa, e quero compartilhar com vocês...
"A linguagem e a vida são uma coisa só.Quem não fizer do idioma o espelho de sua personalidade não vive." João Guimarães Rosa

"Como não ter Deus?! Com Deus existindo, tudo dá esperança:sempre um milagre é possível, o mundo se resolve.Mas, se não tem Deus, há de a gente perdidos no vai e vem , e a vida é burra.É o aberto perigo das grandes e pequenas horas,não se podendo facilitar-é todos contra os acasos.Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois, no fim dá certo.Mas, se não tem Deus, então, a gente não tem licença de coisa nenhuma! porque existe dor.E a vida do homem está presa encantoada-erra rumo, dá em aleijões como esses, dos meninos sem pernas e braços."

"Que isso foi o que sempre me invocou, o senhor sabe: eu careço de que o bom seja bom e o ruím ruim, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza! Quero os todos pastos demarcados...
Como é que eu posso com este mundo? A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança no meio do fel do desespero.Ao que, este mundo é muito misturado..."



Ler Guimarães Rosa, segundo as palavras de Gilberto Safra nos coloca numa situação de limpeza de ouvido que nos abriga a receber o novo.
"Tudo é novo, é estranho, enigmático e nós temos que para progredir, consentir que o texto nos afete e nos carregue".



Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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