sábado, 1 de janeiro de 2011

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ODISSÉIA 2.011
Janeiro é o primeiro mês do ano da segunda década do terceiro milênio.
Parece ser impossível, uma utopia!
Mas é realidade; estamos no ano de 2.011.
Não há naves espaciais, muito menos Barbarella, mas pode ser uma Odisséia.
Se desejarmos com força e agirmos com precisão, poderemos fazer, a partir de agora, uma jornada para dentro de nós mesmos, com o propósito de chegar aonde bate forte o nosso coração e, assim, resgatar não só o nosso bem-estar, mas alterar o mundo onde vivemos.
Podemos esperar que no decorrer do ano sejamos influenciados pelos conselhos do espírito prático (o mandatário dos tempos modernos) gritando em nossos ouvidos:
“Que besteira, precisamos cair na estrada com esperteza, ser práticos, objetivos, acreditar nas evidências e desconfiar de tudo e de todos, se quisermos vencer”.
Mas se formos só um pouquinho compreensivos com nossa alma, poderemos ouvir o espírito lírico, que soprará um trechinho da música de Gonzaguinha

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“É tão bonito quando a gente pisa firme
nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos.
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração”
Você já pensou que a sua vida, a minha e a de todos nós podem ser uma Odisséia?
Uma jornada fascinante e única, em que o herói, ao fazer o seu caminho, enfrentando todos os elementos necessários para o seu crescimento e amadurecimento, volta para casa vitorioso e forte , pois o seu poder não só o beneficia como também a seus semelhantes ?
Uma vida bem vivida e orientada pelo espírito do amor, (que segreda tão baixinho, como alerta, Cecília Meireles) é aquela que subordina os desejos egoístas em prol de um valor maior, que conta com doses frequentes de ousadia e paixão, e valoriza as amizades em qualquer ocasião.

Principalmente por poder voltar
a todos os lugares aonde já cheguei
pois lá deixei um prato de comida
um abraço amigo, um canto pra dormir e sonhar”

É urgente que façamos deste ano, um ano NOVO de verdade; que nossos desejos de harmonia, paz e unidade se concretizem em ações , pois a vida convoca-nos à grande lição:
“Aprendi que se depende sempre
de tanta , muita, diferente gente
toda pessoa sempre é as marcas
das lições diárias de outras pessoas.
E é tão bonito a gente entende
que a gente é tanta gente aonde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
que nunca está sozinho por mais que pense estar”.

A vida como uma Odisséia é quando o caminho transfigura-nos e passamos a compreender que não viajamos sozinhos. Que o nosso bem- estar está intimamente atrelado ao bem-estar do outro.
O caminho transfigura-nos quando não somos dominados pelo espírito da hipocrisia que nos faz falar o que não sentimos, fazer o que não preconizamos e calar quando deveríamos berrar.
O caminho transfigura-nos quando não somos dominados pelo espírito prático e utilitário, cujo valor está no uso e benefício de algo ou alguém, e no estabelecimento de relações frias e distantes.
O caminho transfigura-nos quando passamos a viver nossos papéis sociais com responsabilidade e envolvimento emocional profundo, para que possam ser certidões do nosso comprometimento verdadeiro e humano com nossos semelhantes.
O ano de 2011 só será um ano realmente NOVO , quando inaugurarmos um novo calendário - o do Tempo da Graça , cuja pauta seja o amor, prevalecendo em todos os dias comuns e não apenas em datas especiais e que o marcador seja a honestidade em cada um de nós.
(Eliete Cascaldi)
Inspiração: Letra e Música: Caminhos do coração (Gonzaguinha)


Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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