domingo, 20 de setembro de 2009

QUANDO O SILÊNCIO FALA MAIS ALTO
Palavras seduzem, palavras explicam.
Palavras deixam suas marcas para sempre em nossas almas. Podem nos ferir, como podem nos levantar.
Adoro entrar no reino das palavras e nele navegar.
Palavras inspiram, palavras expiram. Palavras sopram seus aromas que ficam impregnados em nossos corações. Palavras azedam relações.
Mas em certos momentos mil palavras não dão conta do momento e o melhor então é sem palavras. É quando o silêncio fala mais alto.
O silêncio fala mais alto quando vem acompanhado de um abraço forte que aninha nosso coração em outro coração.
O silêncio fala mais alto quando as lágrimas e a dor se fazem intensas,assim é preciso calar-se para escutar o lamento.
O silêncio fala mais alto quando vem acompanhado de um grande sorriso,
que deixa aberta todas as formas de entendimento e aceitação.
Frente a imensidão do universo, e frente a todas as imensidões de sentimentos e experiências o silêncio fala mais alto.
Palavras são lindas, palavras são doces, palavras são tantas e tão pouca para expressar os desejos da alma.
Alma que quer se revelar, se rebelar, ser entendida .
O silêncio fala mais alto e machuca ,quando esperamos uma palavra de conforto ou de incentivo e nada vem do outro.
O silêncio fala mais alto e machuca , quando vem acompanhado de um olhar de reprova ou de curiosidade.
O silêncio é bem-vindo em momentos intensos, decisivos; só ele pode acalmar e afugentar o medo que nesses momentos as palavras trazem.
O silêncio é precioso quando precisamos entrar em nosso interior e ali ficar para nos conhecer.
Há momentos em que é preciso silenciar e há momentos que é preciso falar, o que não dá é não compartilhar. Quiçá nunca venhamos a nos culpar pelas palavras não ditas e pelos silêncios não feitos.
Eliete Cascaldi / setembro/2009

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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