terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Senhor, Tu vais nascer
e o mundo em dor materna / de parto prematuro
sem ter o enxoval / nem casa ou hospital
aonde te acolher.
Senhor, Tu vais nascer: e há ódios a explodir / em cenas de terror
com homens a mandar / e homens a matar
e homens a morrer.

Senhor, Tu vais nascer
e há esgotos entupidos / por fetos enjeitados
e órfãos sem ter pão / e sem habitação
nem escola onde aprender.
Senhor, Tu vais nascer
e há velhos sem família / casais desempregados
doentes sem consulta / e jovens que procuram
razões para viver.

Senhor, Tu vais nascer
e tanto suor perdido / em terras calcinadas
e sangue e tanta dor / em guerras sem valor
que é bem melhor perder.

Senhor, Tu vais nascer
e a gente sem saber / a forma de acolher-Te.
Se ainda hoje não podes
nascer numa estalagem;
se ele há tantos herodes
que temem tua influência
no espírito do povo,
para que tentar de novo?

Não chega essa experiência
que Te levou à cruz?


Deixa por um momento as tuas ocupações habituais; entra por um instante dentro de ti mesmo, longe do tumulto dos teus pensamentos. Lança para longe de ti as preocupações angustiantes; afasta de ti as inquietações custosas. Dedica um momento a Deus e descansa ao menos um pouco na sua presença… Deixa tudo, menos Deus e aquilo que te possa ajudar a encontrá-lo.
Santo Anselmo (1033-1109)

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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