foto:Eliete CascaldiO OLHAR...
Há uma miopia em todos nós, ou uma catarata que turva nossa visão,fechando-nos para todas as possibilidades existentes.A incapacidade é ainda maior quando se trata de olhar para dentro de nós mesmos.
Miopia que crece proporcional à autofobia- medo do autoconhecimento.Acreditamos possuir dentro de nós sómente sentimentos muito ruíns. É lamentável como ainda resistimos ao autoconhecimento, como ficamos armados e inseguros quando temos que nos mostrar.Resistência que aumenta à medida que ocupamos uma função relevante na sociedade. É a máscara colada no rosto.
"Somos como as rãs, anfíbios, uma parte de nós vive aqui embaixo, e outra tende para cima.Viver consiste nisto, ter consciência e saber disso, lutar para que a luz não desapareça vencida pela sombra".(Susanna Tamaro)
O mesmo alerta é feito por Brehony Kathleen quando afirma:"Não é a ponta dos icebergs que afunda os navios, pois podemos navegar em redor daquilo que vemos. É a parte do iceberg que está sob a água que cria o perigo".
Quando nos conhecemos mais profundamente, temos chance de sermos mais criativos e alcançar uma liberdade maior. Não precisamos criar barreiras ,não são necessárias tantas defesas. Quando nos conhecemos melhor, ficamos mais aptos a compreender o outro na sua complexidade, e assim julgamos menos. Tornamo-nos mais tolerantes, benignos e generosos e todos que estão conosco se beneficiam com certeza do nosso crescimento.Sem contar , que, somos capazes de rir de nossas imperfeições, de nossos deslizes e falar deles com mais naturalidade, aceitando dessa forma as críticas com menos dor, e não levando tudo para o "pessoal" . Passamos a aceitar que todos os seres humanos não nascem prontos.E como indica Carl G. Jung passamos a buscar não pela perfeição, mas pelo crescimento.

fotos:Eliete Cascaldi


“Se sua casa queimasse, o que você procuraria salvar? O que levaria?”



Encontrar-se implica criar um modo de unidade altamente valioso. Uma análise profunda do encontro requer compreendermos as diversas formas de unidade.Se eu sento a uma mesa qualquer, e peço um lanche, utilizo a mesa, depositando nela o meu prato e o copo de água.Estou unido à mesa, mas se trata de união passageira e meramente instrumental. Assim que eu me levanto não há mais nada, não resta nada entre mim e a mesa. Nessa experiência banal não foi superada a distância entre o dentro e o fora, entre pessoa e objeto. Para mim, a mesa continuará sendo realidade distante e externa.



















