
Mia Couto , escritor moçambicano, com uma obra belíssima.
"Lhe concordo, doutor: sou eu que invento minhas doenças. Mas eu, velho e sozinho, o que posso fazer?
Estar doente é minha única maneira de provar
que estou vivo. É por isso que frequento o hospital, vezes e vezes, a exibir minhas maleitas.
Só nesses momentos, doutor, eu sou atendido.
Mal atendido, quase sempre. Mas nessa infinita fila de espera, me vem a ilusão de me vizinhar do mundo.
Os doentes são a minha família, o hospital é o meu tecto e o senhor é o meu pai, pai de todos os meus
pais".
(Mia Couto, In O Fio das Missangas)
Estar doente é minha única maneira de provar
que estou vivo. É por isso que frequento o hospital, vezes e vezes, a exibir minhas maleitas.
Só nesses momentos, doutor, eu sou atendido.
Mal atendido, quase sempre. Mas nessa infinita fila de espera, me vem a ilusão de me vizinhar do mundo.
Os doentes são a minha família, o hospital é o meu tecto e o senhor é o meu pai, pai de todos os meus
pais".
(Mia Couto, In O Fio das Missangas)
Olá Eliete!!
ResponderExcluirO mais impressionante do texto é que ele é muito real!!Quantas pessoas não são assim? A espera de uma migalha de amor...
É triste...Muito triste!
Boa semana!!
beijos
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ResponderExcluirTriste, mas tão real.
Isso é comum também no nosso país, infelizmente.
Beijos pra ti, Eliete.
.
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Comovente realidade de solidão e abandono, retratada na imagem e nas palavras do autor... Não será reflexo da cultura do descartável que vivenciamos, cada vez mais?
ResponderExcluirUm maravilhoso 2011 a todos!!!!
Adorei a foto! Amo essas coisas que só os olhos bem sensíveis sabem fotografar.
ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirVim te visitar. Que texto real!
O abandono de idosos pela sociedade é um fato constante e triste. A solidão leva o ser humano a buscar alternativas que às vezes ningém imagina.
Por isso que os amigos são fundamentais, pois os escolhemos.
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