terça-feira, 30 de agosto de 2011


"Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém.
Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem.
Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem.
Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém.
Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também.
Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem.
Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem.
Tô feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem!"
(Caio Fernando Abreu)

domingo, 28 de agosto de 2011








AS FIANDEIRAS DA VIDA

Na valise da vida, três itens não podem faltar:
Confiança, para que possamos abrir horizontes amplos, fiando sempre o caminho certo.
Delicadeza, para realizar encontros significativos , desobstruir o coração e abrir as mãos para o Outro tocar.
Por fim, para tempos inseguros é importante a companhia constante da Esperança. É ela que não permitirá que os sonhos desfaleçam e imprimirá força em nossas pernas para que continuemos a caminhar.

sábado, 27 de agosto de 2011

Imagem do blog:
http://monicagilioilustracionesinfantiles.blogspot.com/



Os desejos nem sempre são sábios (em idade alguma aliás) e não podem ser pensados isolados das capacidades cognitivas de previsão.


Livro: Limites: três dimensões educacionais de Yves de La Taille

quarta-feira, 24 de agosto de 2011




A terapia é uma tentativa de nos levar a um tempo que já não nos pertence. Por meio da sugestão, nós retornamos ao lugar do passado e acessamos o acontecimento que não nos fez bem.Voltamos à cena do trauma para revivê-lo com os recursos de hoje. Com isso, há uma possibilidade de cessar o poder do trauma porque, ao acessar o passado com os olhos de hoje, podemos encarar o acontecimento que nos traumatizou de um jeito novo. O novo olhar nos cura porque expulsa o medo que até então morou dentro de nós.



Livro: Tempo de Esperas de Pe. Fábio de Melo

domingo, 21 de agosto de 2011



Confudimos o sofrimento com a dor. Faço uma distinção. O sofrimento é um conteúdo enfermo, não é um sofrimento poético ou o sofrer dos mistícos,mas um sofrimento masoquista, obstinado em viver mal, em recair, porque se é um dependente desse mal-estar, tanto interno como externo. O sofrimento evita contato com a dor, preferindo sofrer a aceitar e sentir a dor.



...A dor é estar em contato com aquilo que sentimos , com carências, com nossa essência.A dor é um estado de solidão. O sofrer é exibicionista, quer estar presente e ter testemunhas frente a quem representar o ato heróico,caso contrário não tem sentido. O sofrimento é eufórico.



O difícil é ir do sofrimento à dor. A dor não tem compreensão, só aceitação ; na dor acabam-se os porquês".

Livro: A loucura cura de Guillermo Borja







sexta-feira, 19 de agosto de 2011




Em vez de solucionar, trata-se de fortificar a atitude frente à vida; há coisas que não podemos mudar,mas podemos transformar nossa atitude frente a elas. isso é aceitação e só com ela terminarão os porquês.


A saúde não é ter ou deixar de ter; é a aceitação de ambas as possibilidades.




Livro: A loucura cura de Guillermo Borja


















quarta-feira, 17 de agosto de 2011




Um lindo livro...

"Ao dizer que o destino de todo rio é morrer no mar, isso nos sugere que haverá uma transformação. O que temos é a possibilidade de continuidade. O rio, ao morrer no mar, no mar se transforma.Ganhou da vida uma nova maneira de continuar. Ao se misturar em outras águas, ele entra numa nova perspectiva, avança, transforma-se, torna-se mais. Mas quando digo que o rio acaba, isso nos sugere que ele não alcançou o lugar de transformação. Ele acabou antes de morrer. Acabar é uma forma de ficar pelo caminho, pela metade, sem nenhuma possibilidade de continuidade. O rio Amarelo acaba porque não tem forças para ir além.Não tem águas suficientes para que se encaminhe ao seu destino".


..."Faltam-lhe afluentes , águas fraternas que lhe emprestem corpo para chegar. Por isso ele acaba antes de morrer".

TEMPO DE ESPERAS: O Itinerário de um Florescer Humano

Pe. Fábio de Melo

terça-feira, 16 de agosto de 2011

SEMANA DA FAMÍLIA

FAMÍLIA, PESSOA E SOCIEDADE


16 DE AGOSTO às 20:00h: Igreja São Judas Tadeu

Palestra: Família geradora de uma sociedade nova

domingo, 14 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011



Abraço de Judas

Por Fabrício Carpinejar


Todo presidiário tem dez minutinhos de sol, um recreio para banhar o rosto com a luminosidade da manhã.
Já quem é livre talvez passe 24h longe de um pátio, desprovido de um mísero contato com a luz do dia. Talvez não abra a janela, sequer levante as persianas, para espiar o azul do horizonte e criticar a temperatura dos relógios da rua.
Quem é livre age com culpa. Encarna-se na profissão como um condenado, debruçado a atender os múltiplos sinais do celular, laptop, iPad, televisão.
Sempre encontra um tempo para adiantar uma tarefa, mesmo que seja necessário abdicar do almoço, mas nunca abre frestas para se sentir no mundo.
Suas frases mais comuns são que não tem escolha; precisa se sustentar; há muito a fazer.
Aparentemente solto, está confinado na solitária do seu trabalho — e não percebe o valor de respirar a cerração, espirrar quando surge um vento mais gelado e descascar tangerinas no meio-fio solar, fugindo do lado das sombras.
Esquece que o centro tem praças, que as praças têm bancos, que nos bancos caem máscaras de oxigênio das árvores.
Esquece o livre-arbítrio, envolvido na onipotência de desdenhar da vida.
Se fossemos samambaias, estaríamos mortos. Secos. Murchos. Somos vasos e demoramos a rachar. A longevidade não é saúde.
Até abraçar desaprendemos. Ninguém mais abraça com vontade. Com sinceridade de velório.
Odeio abraço falso, como aquele beijo de frígida, no qual a face bate na face e os lábios se transformam em beiço.
Abraço tem que ter pegada, jeito, curva. Aperto suave, que pode virar colo. Alento tenso, que pode virar despedida.
É pelo abraço que testo o caráter do outro. Não confio em quem logo dá tapinhas nas costas. A rapidez dos toques indica a maldade da criatura.
Não sou porta para bater. Nem madeira para espantar azar.
Abraço com toquinho é hipócrita. É abraço de Judas. De traidor. O sujeito mal encosta a pele e quer se afastar. Pede espaço porque não suporta os pecados dos pensamentos.
Devemos fechar os olhos no abraço, respirar a roupa do abraçado, descobrir o perfume e a demora no banho.
Abraço não pode ser rápido senão é empurrão. Requer cruzamento dos braços e uma demora do rosto no linho.
Abraço é para atravessar o nosso corpo. Ir para a margem oposta. Nadar para ilha e subir ao topo da pedra pela gratidão de sopro.
Sou adepto a inventar abraços. Criar abraços. Inaugurar abraços. Realizar um dicionário de abraços. Um idioma de abraços.
O meu é o de cadeira de balanço. Giro nas pontas dos pés. Não largo, os primeiros minutos são para sufocar, os demais servem para o enlaçado se recuperar do susto.
Não entendo onde terminará o abraço. Se a pessoa vai chorar ou vai rir. Abraço é confissão.
Dez minutinhos de sol e de liberdade.

terça-feira, 9 de agosto de 2011



TEMPO É TERNURA

Fabrício Carpinejar


Viver tem sido adiantar o serviço do dia seguinte. No domingo, já estamos na segunda, na terça já estamos na quarta e sempre um dia a mais do dia que deveríamos viver. Pelo excesso de antecedência, vamos morrer um mês antes.
Está na hora de encarar a folha branca da agenda e não escrever. O costume é marcar o compromisso e depois adiar, que não deixa de ser uma maneira de ainda cumpri-lo.
Tempo é ternura.
Perder tempo é a maior demonstração de afeto. A maior gentileza. Sair daquele aproveitamento máximo de tarefas. Ler um livro para o filho pequeno dormir. Arrumar as gavetas da escrivaninha de sua mulher quando poderia estar fazendo suas coisas. Consertar os aparelhos da cozinha, trocar as pilhas do controle remoto. Preparar um assado de 40 minutos. Usar pratos desnecessários, não economizar esforço, não simplificar, não poupar trabalho, desperdiçar simpatia.
Levar uma manhã para alinhar os quadros, uma tarde para passar um paninho nas capas dos livros e lembrar as obras que você ainda não leu. Experimentar roupas antigas e não colocar nenhuma fora. Produzir sentido da absoluta falta de lógica.
Tempo é ternura.
O tempo sempre foi algoz dos relacionamentos. Convencionou-se explicar que a paixão é biológica, dura apenas dois anos e o resto da convivência é comodismo.
Não é verdade, amor não é intensidade que se extravia na duração.
Somente descobriremos a intensidade se permitirmos durar. Se existe disponibilidade para errar e repetir. Quem repete o erro logo se apaixonará pelo defeito mais do que pelo acerto e buscará acertar o erro mais do que confirmar o acerto. Pois errar duas vezes é talento, acertar uma vez é sorte.
Acima da obsessão de controlar a rotina e os próximos passos, improvisar para permanecer ao lado da esposa. Interromper o que precisamos para despertar novas necessidades.
Intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou.
Casais há mais de três décadas juntos perderam tempo. Criaram mais chances do que os demais. Superaram preconceitos. Perdoaram medos. Dobraram o orgulho ao longo das brigas. Dormiram antes de tomar uma decisão.
Cederam o que tinham de mais precioso: a chance de outras vidas. Dar uma vida a alguém será sempre maior do que qualquer vida imaginada.



domingo, 7 de agosto de 2011



ALICE NO PAÍS DO PLEBISCITO
Há uma passagem muito conhecida de Alice no País das Maravilhas, na qual a pequena
heroína de Lewis Carroll dialoga com um gato. Ela não quer mais continuar onde está e
pergunta ao animal: "Como posso sair daqui?" O gato responde: "Depende". A menina
indaga: "Depende de quê?" E o gato esclarece: "Depende de para onde você quer ir."
O diálogo prossegue. A garota diz que quer sair de onde está, mas não tem nenhuma
preferência quanto ao lugar para onde vai. Então o bicho lhe retruca: "Se você não sabe
para onde quer ir, então é indiferente o caminho que venha a seguir."
O episódio tem fascinado os leitores de Lewis Carroll desde o século passado. Como toda
criação importante da fantasia literária, ele comporta diversas interpretações e não se deixa
esgotar por nenhuma delas. Todos nos identificamos com Alice, na medida em que já
vivemos situações nas quais estávamos em lugares de que desejávamos sair, fosse para
onde fosse. E todos reconhecemos a sabedoria do gato, que nos lembra que o sentido do
nosso movimento é aquele que nós mesmos lhe imprimimos. Sem garantias antecipadas de
sucesso.
A advertência do gato vale para a experiência de cada um e vale, também, para a história
política, que somos chamados a fazer coletivamente. Na vida privada, cada um faz suas
escolhas, tenta decidir seu futuro: opta por um trabalho, por um casamento, por uma
determinada estruturação da família, por uma determinada organização da existência
quotidiana (com seus prazeres e suas responsabilidades). Na história política, procuramos
nos articular com o nosso grupo, assumimos nossos compromissos, discutimos, fazemos
propostas, optamos por um programa de transformações que consideramos exeqüíveis e
convenientes à nossa sociedade. Em ambos os casos, implícita ou explicitamente, estamos
decidindo para onde pretendemos ir.
Quando têm consciência, efetivamente, das escolhas que estão fazendo quanto à direção
que decidem seguir (e sabem dos riscos que tais escolhas sempre comportam), é normal que
as pessoas fiquem tensas, é compreensível que elas tenham momentos de hesitação e
angústia.
Convém recordarmos, entretanto, que a hesitação, tanto na vida particular como na história
política, tem sua legitimidade. E às vezes as pessoas ou correntes que não vacilam nunca
são apenas aquelas que jamais param para pensar na gravidade da advertência do gato de
Lewis Carroll: simplesmente fecham os olhos diante dos perigos.
Algumas embarcam no ônibus da utopia, sem examinar o itinerário que ele vai percorrer;
outras enveredam por qualquer caminho (só para sair de onde estão); e há as que acabam se
resignando a ficar onde já se encontram, aguardando passivamente uma salvação mágica.
(Leandro Konder in “O Globo”, 20/03/1993)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011


Da solidão - Cecília Meireles
"Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu desabasse sobre sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo.

No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Não estamos todos cercados por inúmeros objetos, por infinitas formas da Natureza e o nosso mundo particular não está cheio de lembranças, de sonhos, de raciocínios, de idéias, que impedem uma total solidão?
Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério. Como aquele Sultão Mamude, que entendia a fala dos pássaros, podemos aplicar toda a nossa sensibilidade a esse aparente vazio de solidão: e pouco a pouco nos sentiremos enriquecidos.

Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não só o mais estático dos seus aspectos, mas também o mais comunicável, o mais rico de sugestões, o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.

Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata logo o olhar, o equilíbrio de linhas, a graça das proporções: muitas vezes seu aspecto - como o das criaturas humanas - é inábil e desajeitado. Mas não é isso que procuramos, apenas: é o seu sentido íntimo que tentamos discernir. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências que representam, e a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho humano, por infindáveis séculos.
Amemos o que sentimos de nós mesmos, nessas variadas coisas, já que, por egoístas que somos, não sabemos amar senão aquilo em que nos encontramos. Amemos o antigo encantamento dos nossos olhos infantis, quando começavam a descobrir o mundo: as nervuras das madeiras, com seus caminhos de bosques e ondas e horizontes; o desenho dos azulejos; o esmalte das louças; os tranquilos, metódicos telhados...Amemos o rumor da água que corre, os sons das máquinas, a inquieta voz dos animais, que desejaríamos traduzir.
Tudo palpita em redor de nós, e é como um dever de amor aplicarmos o ouvido, a vista, o coração a essa infinidade de formas naturais ou artificiais que encerram seu segredo, suas memórias, suas silenciosas experiências. A rosa que se despede de si mesma, o espelho onde pousa o nosso rosto, a fronha por onde se desenham os sonhos de quem dorme, tudo, tudo é um mundo com passado, presente, futuro, pelo qual transitamos atentos ou distraídos. Mundo delicado, que não se impõe com violência: que aceita a nossa frivolidade ou o nosso respeito; que espera que o descubramos, sem anunciar nem pretender prevalecer; que pode ficar para sempre ignorado, sem que por isso deixe de existir; que não faz da sua presença um anúncio exigente " Estou aqui! estou aqui! ". Mas, concentrado em sua essência, só se revela quando os nossos sentidos estão aptos para descobrirem. E que em silêncio nos oferece sua múltipla companhia, generosa e invisível.
Oh! se vos queixais de solidão humana, prestai atenção, em redor de vós, a essa prestigiosa presença, a essa copiosa linguagem que de tudo transborda, e que conversará convosco interminavelmente. "
Crônica de Cecília Meireles, encontra-se in Janela Mágica, 3ª edição, Editora Moderna, p. 48 à 51.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011



As crianças são "profundamente afetadas...pela esperança que elas vêem no mundo dos adultos".


Eyer


Depositar as esperanças numa criança e em seu futuro é mais fácil do que procurar uma esperança maior para o mundo adulto.James Hilman

quarta-feira, 3 de agosto de 2011



Este é um livro de Eliane Brum, conhecida no jornalismo pelas suas crônicas sensíveis na revista Época . É o seu romance de estréia que trata da intricada relação entre mãe e filha. Gostei muito.É um livro denso que fala dos laços filiais.


"Como a vida pode absorver tanto horror e seguir adiante?




Entre nós as verdades nunca vieram pelas palavras.




Para falar eu teria que amar melhor.



Prefiro a chuva, que não obriga ninguém a ser feliz.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Memória de uma Amizade Eterna
Autor: Gail Caldwell
Editora: Editora Globo
Tradutor: Beatriz Bastos
Páginas: 176 páginas




Acabei de ler este livro e gostei muito. É a história de uma amizade verdadeira entre duas mulheres. É uma leitura simples e recheada de ternura.

Um pouquinho do que me marcou:


" O zelo é um fogo útil".



"Como se eu fosse um gato assutado, ela sempre sabia como me fazer descer da árvore".



"Quando ela deparava com qualquer dificuldade emocional, fosse grande ou pequena, sua reação era se aproximar, não fugir".



"Éramos boas o suficiente no que fazíamos para poder aplaudir, quase sempre com segurança, as vitórias da outra".

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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