quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Não é fabuloso que alguém se satisfaça com uma pílula e uma tela"?
"Você tem alma?
Essa pergunta-filosófica, teológica ou simplesmente incongruente- encerra hoje uma nova dimensão. Confrontada aos neurolépticos, à aeróbica e ao massacre da mídia, a alma ainda existe"?

...a experiência cotidiana parece demonstrar uma especular redução, da vida interior.


Porquanto uma constatação se impõe: pressionados pelo estresse, impaciente por ganhar e gastar, por desfrutar e morrer, os homens e mulheres de hoje economizam essa representação de sua experiência a que chamamos vida psíquica.O ato e seu avesso, o abandono , substituem a interpretação do sentido.
Não se dispõe nem de tempo nem do espaço necessários para constituir uma alma.
A simples suspeita de tal preocupação parece ridícula, deslocada.Umbilicado sobre seu quanto-a mim, o homem moderno é um narcisista, talvez cruel, mas sem remorso".
"A vida psíquica do homem moderno situa-se entre os sintomas somáticos(doença, hospital) e a transformação dos desejos em imagens (devaneio diante da televisão".
fonte: As novas doenças da alma/ Júlia Kristeva

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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