segunda-feira, 30 de maio de 2011


Um amigo Leve

Não espere considerações sobre a complexidade dos sentimentos, mas ninguém será melhor companhia


É sempre assim : com tanto para fazer e sem tempo para nada, a gente acaba negligenciando um monte de coisas, entre elas nossos afetos.
E como os sentimentos não sobrevivem sem uma certa atenção, um dia se começa a achar que o coração não consegue -e nunca mais vai conseguir- gostar, ou ao menos sofrer por alguém.
Mas o tempo passa, aquele amigo que a gente via o tempo todo viaja e um belo dia você sente saudades dele. Preste atenção: esse fato é mais merecedor de uma comemoração do que qualquer data querida. Ter saudades de um amigo, há quanto tempo isso não acontecia? Ah, que coisa boa.
Uma simples saudade faz com que você se sinta viva, mesmo que sejam saudades apenas de um amigo -como se um amigo pudesse ser chamado de "apenas". Mas tantas vezes você amou apaixonadamente, e quando ele fez uma viagem sentiu um alívio, até para descansar de tanta paixão e poder se encher de cremes, sem ele por perto para reclamar? E tem melhor do que de vez em quando ter aquela cama enorme só para você, e até dormir com a televisão ligada?
Ter um amigo é coisa muito boa, e sendo um que não te patrulha, não te inveja, não te analisa nem discute a relação, é bom demais -e raro. Um amigo tão bom que te aceita do jeito que você é, que não faz perguntas indiscretas, que te entende e está por ali sem ser, jamais, invasivo. Você sabe de certas particularidades dele, ele das suas, mas delas não falam, só quando é necessário. E com pouca intimidade.
O excesso de intimidade pode ser fatal, mesmo entre mãe e filho, marido e mulher. A intimidade física não é nada, perto da dos pensamentos e sentimentos. Pode ser pior do que ouvir a pergunta "em que você está pensando?". Pode sim: é quando alguém tenta analisar a razão pela qual você disse ou fez determinada coisa num determinado dia, pretendendo, assim, conhecer você melhor do que você mesma se conhece.
Um distanciamento saudável é indispensável às boas relações humanas.
Qual a primeira qualidade que deve ter um amigo? Bem, além das clássicas, como lealdade, fidelidade, discrição sobre as intimidades que ouviu nas horas do aperto, disponibilidade para escutar as histórias, bom humor, e mais o quê? Leveza. Ter um amigo leve é uma benção dos céus.
Não espere dele considerações sobre a vida e a complexidade dos sentimentos humanos, mas ninguém será melhor companhia para jantar, viajar, conviver, do que um amigo leve. Já pensou, passar três dias seguidos com um amigo profundo? Se estiverem tomando banho de mar, ele pode se lembrar do tempo em que era criança, falar da relação que tinha com a mãe e o pai, e daí para cair no divã é um pulo; eles gostam de falar como são tolos os banqueiros e políticos, que só pensam em dinheiro e poder e não compreendem que a vida real etc. etc., quanta profundidade.
Com essa mania, quando estão numa rede em frente à praia, comendo um camarãozinho frito e tomando uma cerveja estupidamente gelada, se esquecem de que nessa hora o bom é não pensar em nada.
É isso que faz um amigo leve; ele não diz nada, apenas usufrui a vida, e quem tiver a sorte de estar perto dele vai ter momentos de grande felicidade - ou pelo menos quase isso.
Com um amigo assim, até a vida fica mais leve.

Folha de São Paulo 29/05/2011


domingo, 29 de maio de 2011

foto:Eliete Cascaldi
Sempre, e sempre de um modo diferente, a ponte acompanha os caminhos morosos ou apressados dos homens para lá e para cá, de modo que eles possam alcançar outras margens...
A ponte reúne enquanto passagem que atravessa.
Martin Heidegger(2002)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um amor mais do que lindo...

Um casamento muito feliz...

Uma noite encantada




terça-feira, 24 de maio de 2011

Anita Malfati




Nós todos adotamos ou inventamos um estilo singular para a história de nossa vida .

Você se lembra daqueles personagens de quadrinhos que são impiedosamente seguidos por uma nuvem preta, que é uma espécie de guarda-chuva ao contrário?



Eles não têm para onde fugir: deslocam-se, mas a chuva os persegue, mesmo debaixo do teto de sua casa.

Claro, no outro extremo do leque há pessoas que são seguidas por um sol esplendoroso, mesmo quando estão no escuro ou no meio de um desastre que deveria empalidecer a luz do dia (se ela tivesse vergonha na cara).



Em suma, cada um de nós parece estar sempre numa condição meteorológica que lhe é própria e não depende nem da estação nem dos acontecimentos do momento.



Esse clima privado, como um pano de fundo que nos seria imposto, é uma consequência quase inevitável dos primórdios de nossa vida e das bênçãos ou maldições murmuradas ao redor de nosso berço.



Talvez sejamos um pouco mais livres para escolher o estilo da vida que levaremos, seja qual for nosso pano de fundo.Geralmente, por estilo DE vida, entende-se um modelo que a gente imita para construir uma identidade e propô-las aos olhos dos outros.


Mas o estilo DA vida, que é o que me interessa hoje, é outra coisa: é a forma literária na qual cada um narra sua própria vida, para si mesmo e para os outros.

Um exemplo. Acabo de ler (e continuarei relendo por um bom tempo) "The Book of Dreams" (o livro dos sonhos), de Federico Fellini (ed. Rizzoli). São mais de 400 páginas, em grande formato, que reproduzem fotograficamente os cadernos nos quais o diretor italiano registrou seus sonhos, em palavras e desenhos, de 1960 a 1968 e de 1973 a 1990 (ele morreu em 1993).Tullio Kezich, que assina a introdução, conta que, em 1952, no seu primeiríssimo encontro com Fellini, o diretor lhe perguntou o que ele tinha sonhado no dia anterior. Tullio não sabia e ganhou uma filípica de Fellini sobre a importância de não perder o "trabalho noturno", que seria no mínimo tão significativo quanto o que pensamos e fazemos quando estamos acordados.


Fellini amava dormir e sonhar; ele vivia com um caderno ao lado da cama, onde registrava texto e visões imediatamente, ao despertar. E note-se que seu interesse pelos sonhos era anterior a seu primeiro contato com a psicanálise (que foi desastrado, com um freudiano, em 1954, e bem-sucedido com um junguiano, Ernst Bernhard, de 1960 a 1965, quando Bernhard morreu).Vários amigos que me viram ler o livro me perguntaram se, então, os sonhos de Fellini serviam de material para seus filmes. A questão não cabe.



O que o livro revela é que, para Fellini, o sonho era, por assim dizer, o gênero literário no qual ele vivia (e portanto contava) sua vida- nos cadernos da mesa de cabeceira, nos filmes e no dia a dia.Cuidado. Fellini não especulava nem um pouco sobre, sei lá, a "precariedade" de nossa percepção, que pode confundir sonho com realidade. Ele nunca se perguntava se o que estava vivendo era sonho ou realidade, porque, para ele, o sonho era, propriamente, o estilo da realidade.Esse estilo era o que fazia com que seu olhar estivesse constantemente maravilhado ou atônito: graças a esse estilo, ele atravessava (e contava) a vida como "um mistério entre mistérios" (palavras dele).




Pois bem, nós todos adotamos ou inventamos um estilo singular para a história de nossa vida -é o estilo graças ao qual nossa vida se transforma numa história.Cada um escolhe, provavelmente, o estilo narrativo que torna sua vida mais digna de ser vivida (e contada). Há estilos meditativos, investigativos, introspectivos, paranoicos ou, como no caso de Fellini, oníricos e mágicos.



Quanto a mim, o estilo narrativo da minha vida é, sem dúvida, a aventura. Não só pelos livros que me seduziram na infância ("Coração das Trevas", de Conrad, seria o primeiro da lista). Mas porque a narrativa aventurosa sempre foi o que fez que minha vida valesse a pena, ou seja, não fosse chata, mesmo quando tinha toda razão para ser.Quando meu filho, aos quatro ou cinco anos, parecia se entediar, eu sempre recorria a um truque, que ele reconhecia como truque, mas que funcionava. Eu me calava e me imobilizava de repente, como se estivesse ouvindo um barulho suspeito e inquietante; logo eu sussurrava: "Atenção! Os piratas!".Nem ele nem eu acreditávamos na chegada dos piratas, mas ambos achávamos que a vida merecia um pouco de suspense.

Folha de São Paulo/Equilíbrio: 21/4/2011


O meu estilo de vida é romântico e o seu?

Um dia daqueles...

Tudo lindo, todos felizes...


Só temos que agradecer a Deus por todas as graças recebidas.









terça-feira, 17 de maio de 2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

foto:Kemal_Kamil




UM DESSES MOMENTOS
Estou em um desses momentos em que o desassossego não me deixa dormir nem acordar; nem ir nem ficar.
É só confusão e atordoamento.
O coração gagueja, titubeia com tantas emoções endoidecidas.
As batidas descompassadas pedem explicação e eu não sei nada de mim. Não sei o que acontece nos subterrâneos do meu ser. Se eu fosse este coração sairia em disparada e deixar-me-ia com minha confusão. No entanto , ele é amor e não abandona o capitão. Fica batendo pesado, apertado e envergonhado, por mostrar-se desgovernado e incapaz de dar conta de tal confusão.
Acalme coração valente, logo voltarei a ser feliz. Quem sabe foi só um alarme falso, uma mentira sentida ou uma verdade abortada que despontou neste horizonte íntimo?
Pobre coração! Não pode sequer descansar, parar um pouco para distrair ou relaxar! Sua vida é a vida de seu hospedeiro; para isto que ele vive. Dedicação total ao outro. Quando pressente “perigo à vista”, põe-se de prontidão e faz ressoar todo o batalhão, com a firme intenção de colocar medo no inimigo e fazê-lo bater em retirada.
Caríssimo coração, procure dormir. Não dê importância a este desassossego, você bem sabe, que ninguém sabe o que quer, e que ansiar e temer é ofício de todos nós .
Peça aos olhos para fecharem as cortinas, os ouvidos para cerrarem as portas; assim no escurinho você se acalmará.
Procurarei um berço, um colo, um ombro, um toque, um beijo. Vou procurar um amor para namorar!
Estou em um desses momentos em que o desassossego não me deixa dormir nem acordar, nem ir nem ficar.
É hora de calar, parar e pensar e fazer-me na bagunça do desfaço.



Eliete Cascaldi Sobreiro






Queridos amigos, agora vou fazer uma pausa nas visitas aos blogs amigos e nas postagens do meu blog para viver um momento muito especial: o casamento da minha filha.

Esta crônica foi escrita em 2010,não tem nada a ver com o casamento, embora posso confessar que a ansiedade é grande e o desassossego existe,mas a razão é felicidade.bjs

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Paul Cezanne



A desventura pode até ser terrível, mas console-se: se você for vítima ou culpado, você vai aparecer na foto.
Vários leitores pediram que eu insistisse no mesmo tema da semana passada: por que a culpa é um de nossos jeitos preferidos para dar sentido ao mundo?



Como é possível que, diante de uma desgraça, o fato de sentirmo-nos culpados constitua, para nós, uma espécie de conforto?


Todos conhecemos as expressões usuais pelas quais, por exemplo, Fulano ou Fulana podem eles mesmos admitir que "fizeram um câncer" -e não foi porque fumaram dois maços de cigarros por dia durante a vida inteira, nem porque, verão após verão, deitaram no sol para bronzear a pele, sem protetor algum.



Nada disso: a expressão "fazer uma doença", em geral, indica outro tipo de responsabilidade. Mas vamos devagar.Não é raro que a primeira reação de quem recebe um diagnóstico maligno consista em procurar uma intenção escusa da qual ele poderia ser a vítima. Envenenaram a água da cidade; o ar é repleto de resíduos daquela fábrica cuja chaminé solta fumaça a cada noite; há um dentista que tem consultório acima do meu, ninguém sabe quantos raios-x ele faz por dia, será que ele isolou sua sala do jeito certo ou será que a radiação chega até aqui?



Na mesma linha, Deus ou o diabo podem ser os mandantes de minha desgraça. Deus, porque ele quer colocar à prova minha fé, como ele já fez com Jó. O diabo, porque ele é príncipe aqui na terra e todo o mal vem dele.



Essas reações parecem ter o mesmo propósito dos delírios paranoicos: elas acusam um agente externo (Deus, o diabo ou os vizinhos) para que o mundo ganhe sentido, ou seja, no caso, para que o mal que se abate sobre a gente tenha uma explicação. "Adoeci porque alguém me quis mal": graças a essa crença, não sofro por acidente nem por acaso, mas sou vítima de uma vontade que me castiga ou me testa. O que se ganha com isso? Antes de responder, mais uma observação.



Em geral, quando temos intenções que preferimos esconder de nós mesmos, uma boa solução é atribui-las a outros. Portanto, não seria de todo estranho que a gente acusasse Deus e todo mundo por males que nós mesmos causamos.Desse ponto de vista, reconhecer que nós somos os primeiros culpados de nossa desventura seria um progresso. Algo assim: até que, enfim, o cara se tocou, não foi Deus, não foi o demônio, nem a usina química no morro atrás da casa, foi ele mesmo que "fabricou" sua doença.


Geralmente, a explicação deste "fabricar sua doença" passa quer seja por uma poética do estouro (emoções contidas e silenciadas tiveram que se expressar e explodiram numa neoplasia), quer seja por uma poética da erosão (as mesmas emoções reprimidas foram atacando o corpo como a famosa gota que cava a pedra, não pela força, mas caindo repetidamente).



Tanto faz: o que me importa dizer é que entre acusar a Deus e todo mundo e acusar a nós mesmos não há progresso algum.A posição de vítima (Deus, o diabo e os vizinhos me querem mal) e a posição de culpado (eu fabriquei minha doença porque meu inconsciente é meu verdadeiro inimigo), ambas são chamadas a "explicar" o mal que nos assola, porque, aparentemente, preferimos sofrer de um mal explicado a sofrer de um mal aleatório. Por que isso?



Simples: tanto se eu for a vítima escolhida por Deus e pelo mundo quanto se eu for a vítima de mim mesmo, apesar de doente, eu me manterei nas luzes da ribalta.



Em suma, agimos e pensamos como se nosso sofrimento pudesse ser aliviado por uma compensação narcisista: a desventura é terrível, mas, ao menos, como vítima ou como culpado, sairei na foto. Não é uma consolação?Talvez. Mas é uma consolação custosa, porque, nessa foto em que sou vítima ou culpado, a desventura é o que me define, o que me resume.



De fato, qualquer sofrimento seria um fardo mais leve se ele pudesse aparecer como quase sempre é: um mal sem sentido, que não faz parte de nenhum plano e não é fruto de nenhuma vontade escusa, nem da nossa.



Teste de boa saúde: estamos bem quando podemos ser atropelados sem ter que considerar que alguém tentou nos matar ou que nós mesmos nos jogamos nas rodas do caminhão, empurrados por impulsos inconfessáveis.Um amigo querido morreu de um câncer que ele não fabricou e que não lhe foi imposto nem por Deus nem pelo diabo nem pelos vizinhos. Ele dizia: os males reais são suficientemente graves para que a gente não se esforce para lhes acrescentar mil sentidos imaginários.

quarta-feira, 4 de maio de 2011







No tempo que passei pegando caronas nos EUA, aprendi que a segurança só vem se abrimos mão dela .
Alguns consideram minha mudança para cá, uma viagem sem volta para um país que nunca havia visitado, um ato de coragem, um pulo gigante. Não foi. Foi um passo gradativo, uma extensão de uma década errante.Entre meus 20 e 30 anos, passei muito tempo pegando caronas pelos EUA com a placa: "Qualquer lugar menos este". Vir para cá foi uma separação de um lugar onde nunca me senti em casa.Meus dias na estrada me fizeram sentir seguro sobre como viver no presente. Ao me colocar em uma situação aparentemente insegura por um tempo indefinido e aceitando suas consequências, aprendi a desenvolver uma segurança interior.




O filosofo inglês Allan Watts disse: "O desejo de segurança é uma dor e uma contradição e, quanto mais nós o perseguimos, mais doloroso fica".




Quer dizer, renunciar à compulsão por se sentir seguro torna você mais seguro.Na época das caronas, eu vivia de bicos construindo casas, colhendo maçãs, trabalhando como barman e garçom e lia Watts. Essa jornada incluiu pausas maiores em cinco cidades americanas e europeias antes de chegar ao Rio, o refúgio ideal.O jeito descontraído dos cariocas ajudou a me recuperar de uma cultura mais estressante e competitiva. E, quando vi que podia sobreviver como jornalista freelancer, a pausa virou permanência. Eu tinha 33 anos. Agora, 28 anos depois, ainda sou freelancer.




E viver à margem de uma profissão, como viajar à beira de uma estrada, ensina que a segurança vem de ter fé em si mesmo.



Os jovens de hoje não são aventureiros como no início dos anos 70.Era uma época em que os jovens faziam viagens sem destino, fossem psicodélicas ou quilométricas, para abrir as portas da percepção e da autodescoberta.Hoje, poucos jovens fazem essas odisseias. Uma economia global instável e mais competitiva acelerou as tentativas de entrar no mercado de trabalho.



Muitos conhecem o terno e a gravata antes de conhecerem a si mesmos.



Para alguns, esse processo é um constante e imprevisível ato de autorreinvenção. Eu estudei zoologia e cinema, virei jornalista e depois cronista.



E descobri que você encontra segurança não quando a procura, mas quando aceita os mistérios e as incertezas da vida. Não é uma busca externa, mas uma entrega interna. É a diferença entre passar pela vida e deixar a vida passar por você.

MICHAEL KEPP, jornalista norte-americano radicado há 28 anos no Brasil, é autor do livro de crônicas "Sonhando com Sotaque - Confissões e Desabafos de um Gringo Brasileiro" (ed. Record)
Folha equilíbrio/Folha de São Paulo/03/05/2011

domingo, 1 de maio de 2011




"A psicanálise acarretou, como bem disse o próprio Freud, a terceira e talvez mais grave ferida ao narcisismo humano. A primeira foi quando a ciência mostrou que nosso planeta, longe de ser o centro do universo, não constituia senão uma parte insignificante e perdida dentro do sistema cósmico.



A segunda mortificação sobreveio quando a investigação biológica reduziu cruelmente sua pretensão de ser algo especial e único na ordem dos seres vivos: Darwin nos vinculou como um elo a mais na cadeia de evolução da matéria.



...a psicanálise ocasionou aquela que viria a ser talvez a mais profunda de todas as feridas, ao revelar que não somos nem mesmo senhores em nossa própria casa: o inconsciente, como ordem exluída de nosso conhecimento, vontade e controle, nos habita e nos determina, sem que possamos chegar a conhecer , em suas justas dimensões, nem seu quando nem seu de que modo".

Carlos Domínguez Morano- Crer depois de Freud

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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