terça-feira, 2 de março de 2010

QUANDO O SILÊNCIO FALA MAIS ALTO
( este texto faz parte do tema proposto para o mês de Março pela Fábrica de Letras:O silêncio)

Palavras seduzem, palavras explicam.
Palavras deixam suas marcas para sempre em nossas almas. Podem ferir- nos , como podem levantar –nos .
Adoro entrar no reino das palavras e nele navegar.
Palavras inspiram, palavras expiram.
Palavras sopram seus aromas que ficam impregnados em nossos corações. Palavras azedam relações.
Mas, em certos momentos, mil palavras não dão conta do momento, e o melhor então é sem palavras. É quando o silêncio fala mais alto.
O silêncio fala mais alto quando vem acompanhado de um abraço forte que aninha nosso coração em outro coração.
O silêncio fala mais alto quando as lágrimas e a dor se fazem intensas, e é preciso calar-se para escutar o lamento.
O silêncio fala mais alto quando vem acompanhado de um grande sorriso,
que abre todas as formas de entendimento e aceitação.
Frente à imensidão do universo e a todas as imensidões de sentimentos e experiências, o silêncio fala mais alto.
Palavras são lindas, palavras são doces, palavras são tantas e tão poucas para expressar os desejos da alma.
Alma que quer revelar -se, rebelar –se , ser entendida .
O silêncio fala mais alto e machuca, quando esperamos uma palavra de conforto e de incentivo e nada vem do outro.
O silêncio fala mais alto e machuca quando vem acompanhado de um olhar de reprova ou de curiosidade.
O silêncio é bem-vindo em momentos intensos, decisivos; só ele pode acalmar e afugentar o medo que nesses momentos as palavras trazem.
O silêncio é precioso quando precisamos entrar em nosso interior e ali ficar para conhecer -nos.
Há momentos em que é preciso silenciar e há momentos em que é preciso falar: o que não dá, é não compartilhar. Quiçá nunca venhamos a culpa–nos pelas palavras não ditas e pelos silêncios não feitos.

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Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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