domingo, 29 de janeiro de 2012

Gostei muito deste livro...


Algumas vezes as pessoas podem desaparecer bem diante dos nossos olhos. Às vezes o descobrem mesmo quando estavam olhando para você o tempo todo. Às vezes nos perdemos de vista quando não estamos prestando atenção suficiente.



...Todos nós nos perdemos de vez em quando, algumas vezes por escolha própria, outras devido a forças além do nosso controle. Quando aprendemos a necessidade de aprendizado da nossa alma, o caminho se apresenta por si só. Algumas vezes enxergamos o caminho,mas vagamos para mais longe e mais adentro sem nos darmos conta; o medo, a raiva ou a tristeza não nos permitem retornar.Às vezes preferimos ficar perdidos e vagar, às vezes é mais fácil assim . Algumas vezes encontramos nossa própria saída.Mas, seja como for, sempre somos encontrados.


Cecelia Ahern

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012




"Visto que os sentimentos, por natureza, existem para serem sentidos, faz parecer-nos que acontecem naturalmente como fugir quando estamos assustados, que estamos, de certo modo, agindo inversamente à natureza.Estamos fazendo o oposto ao que os sentimentos naturalmente nos exigem.Em vez de sentir os nossos sentimentos, estamos fugindo deles-uma coisa muito antinatural".



Prestar atenção a uma emoção não é encorajá-la nem desencorajá-la, também não é reagir a ela nem reprimí-la, nem louvar nem culpar-se por senti-la.Prestar atenção a uma emoção é, simplesmente, deixá-la em paz.



... O mestre Zen japonês Shunryu Suzuki diz que a melhor maneira de controlar uma vaca ou um carneiro é soltando- os num grande pasto. Isso é que é deixar alguma coisa em paz: soltar em um espaço amplo o suficiente para expandir-se livremente. A atenção é o que libera a emoção.



Como educar suas emoções/Francis F. Seeburger

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012



"O traumático nem sempre é aquilo que faz ruído, e sim o que fica mudo".

Carmem García Mallo




Para ser, temos que nos narrar, e nessa conversa sobre nós mesmos há muitíssima conversa fiada: nós nos mentimos, nos imaginamos, nos enganamos.




...De maneira que nós inventamos nossas lembranças, o que é o mesmo que dizer que inventamos a nós mesmos, porque nossa identidade reside na memória, no relato da nossa biografia.

A louca da casa de Rosa Montero

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012



O teólogo alemão Meister Eckhat escreveu o seguinte:"Nada no universo é mais parecido com Deus do que o silêncio".



Recordando aquela manhã no retiro, sorrio e penso:"Você chegou perto.Mas eu diria mais. Eu diria que 'nada no universo é mais parecido com Deus do que o silêncio compartilhado'".



É no momento em que me conscientizo tanto da minha solidão quando da minha profunda ligação com os outros que tem lugar a experiência do sagrado.


A Dança /Oriah M. Dreamer






quinta-feira, 19 de janeiro de 2012



A luta pelo poder nasce da necessidade de superar sentimentos íntimos de impotência e de compensar sentimentos de desespero.




A incapacidade do paciente para conhecer a si mesmo emparelha-se com sua incapacidade de dizer não.



Para se ter consciência de si mesmo é preciso perceber o outro.

Livro: Prazer-Uma abordagem criativa da Vida de Alexander Lowen

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012






Popularmente se diz que "vivendo se aprende". Na verdade, a pessoa só aprende se detendo no que viveu.



O tranquilizante tranquiliza, porém não acaba com a ideia que atormenta.Melhor fazer análise.Custa mais caro. Só que é sempre melhor pagar com dinheiro do que com a própria vida. Dinheiro a gente ganha de novo. A vida é uma só.


...a liberdade depende da rememoração. Que ninguém é livre porque quer,mas por ter se tornado livre dos imperativos inconscientes.

A grande descoberta de Freud foi essa. trabalhando com os pacientes, ele se deu conta de que a rememoração do passado permite estancar a repetição.

Livro: Quem ama escuta/Betty Milan

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tiare_Rose_Bent



...Já ouvi demais sobre a audácia heróica.

Conte-me como você desmorona quando

esbarra no muro,

o lugar que você não pode transpor pela força

da sua vontade.

O que conduz você para o outro lado desse muro,

para a frágil beleza da sua condição humana?




...Mostre-me como você cuida dos negócios

sem deixar que eles determinem quem você é.

Quando as crianças estão alimentadas mas as vozes

internas e as externas

gritam que os desejos da alma têm um preço alto

demais,

vamos lembrar um ao outro que o que importa não é o
dinheiro.


Oriah M.Dreamer
A Dança

domingo, 8 de janeiro de 2012



..."Havia uma senhora, que vamos chamar por exemplo de Julia, que morava em frente a um convento de freiras enclausuradas; o apartamento, num terceiro andar, tinha uma varanda que dava para o convento, uma sólida construção do século XVII.




Certo dia Julia experimentou as rosquinhas que as freiras faziam e gostou tanto que se habituou a comprar uma caixinha todos os domingos. A assiduidade de suas visitas levou-as a travar uma certa amizade com a irmã Porteira, que ela naturalmente nunca via, mas com quem falava através da porta giratória de madeira.




Conhecendo os rigores da clausura, certo dia Julia contou à irmã que morava bem ali em frente, no terceiro andar, naquela varanda que dava para a fachada e que não vacilasse em pedir sua ajuda se precisasse de qualquer coisa do mundo externo, como levar uma carta, ou buscar um embrulho, ou fazer algum outro favor. A freira agradeceu e as coisas ficaram assim.




Passou um ano, passaram trinta anos. Certa tarde, Julia estava sozinha em casa quando bateram na porta. Abriu e se deparou com uma freira pequenina e anciã, muito limpa e enrugada. Sou a Irmã Porteira , disse a mulher com uma voz familiar e reconhecível; anos atrás você me ofereceu sua ajuda se precisasse de alguma coisa de fora, e agora eu preciso .




Pois não, respondeu Julia, diga. Queria lhe pedir , explicou a freira, que me deixasse debruçar-me na sua varanda. Estranhando, Julia fez a anciã entrar, guiou-a pelo corredor até a sala e foi a varanda com ela. Lá ficaram as duas, imóveis e caladas, observando o convento durante um bom tempo. Afinal, a freira disse: É muito bonito, não é?


E Julia respondeu: Sim, muito bonito. Dito isto, a Irmã Porteira regressou para o seu convento, provavelmente para nunca mais tornar a sair".



Livro: A Louca da casa de Rosa Montero

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012







Pelo sonho é que vamos
Pelo sonho é que vamos,comovidos e mudos.
Chegamos?





Não chegamos?



Haja ou não haja frutos,pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.



Basta a esperança naquilo que talvez não teremos.




Basta que a alma demos,com a mesma alegria,




ao que desconhecemos e ao que é do dia a dia.
Chegamos?




Não chegamos?




- Partimos.




Vamos.



Somos.
(Sebastião da Gama
)

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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