Uma parábola antiga diz o seguinte: ”Se
dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão, e, ao se
encontrarem, eles trocam os pães, cada homem vai embora com um pão. Porém se
dois homens vêm andando por uma estrada, cada um portando uma ideia, e ao se
encontrarem trocam suas ideias , cada um vai embora com duas ideias”.
Muitas coisas em nossas vidas poderiam
ser diferentes se fossemos capazes de compreender esse ensinamento como uma ideia
sagrada. Teríamos um farol mais seguro norteando nossas ações ao que é
essencial em nossas vidas.
Agendas tão sufocadas por deveres e
tarefas, tão suadas por distrações alienantes, tão temerosas das linhas em
branco deixariam fluir um tempo maior para ir ao encontro do Outro.
Talentos, ideias , sentimentos,
lágrimas, sorrisos, pensamentos, seriam
compartilhados e ,com certeza, seríamos pessoas mais desarmadas, com
menor necessidade de ter razão, de ser melhor ou de ter cada vez mais coisas.
Teríamos companhia - comeríamos o pão
juntos, sem pudor e sem pressa, haveríamos de dar um lugar cativo para a alegria e para o amor e
nossos corações poderiam sair para dançar a dois, a três, a mil mãos.
Utopia? Possível na Terra do Nunca ou
no Mundo da Fantasia?
Besteira?
Não. Impossível, não é ! Pois
encontros acontecem. Só não estamos conseguindo dimensioná-los, sacralizá-los,
investi-los de maior envergadura e importância.
VIR-A SER- pode ser um projeto de
vida, se formos um SER - COM, um SER –PARA.;através da disposição de considerar
e abrir-se para possibilidades mais amplas de quem somos.
Esse é um propósito estimulante para
energizar nossa vida com VIDA; um
projeto de felicidade e alegria , pois o poeta está certo quando diz:
”Ai
daqueles que nunca cantam, morrendo com toda a sua música dentro de si”.
Direi,
SIM, a um novo VIR-A SER.