quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

"OS HOMENS ESTÃO FORA DA NATUREZA E DESESPERADAMENTE NELA"
Blaise Pascoal

O filósofo Zigmunt Bauman em seu livro "A Sociedade Individualizada" faz algumas reflexões interessantes, que apresentarei resumidamente aqui.
È uma tentativa de explicação sobre a função da sociedade e do hipnotismo cultural a que nos submetemos frente ao conhecimento da mortalidade.

"È a própria impossibilidade de esquecer nossa condição natural que nos lança e permite que pairemos sobre ela.
O conhecimento da mortalidade dispara o desejo pela transcendência".






"...o homem literalmente se lança em um esquecimento cego por meio de jogos sociais, truques psicológicos, preocupações pessoais tão afastados da realidade de sua situação que são formas de loucura, aceita, compartilhada, disfarçada e dignificada mas
mesmo assim uma loucura".


..."o veneno do absurdo é retirado, pelo costume, o hábito e a rotina, do ferrão da finalidade da vida".

"Loucos são apenas os significados não compartilhados"

"Toda sociedade são fábricas de significados, são sementeiras da vida com sentido."
...a função da sociedade é acobertar, gerenciar o nosso medo da morte (finitude) oferecendo objetos substitutos que deem sentido à vida, que deem a ilusão de transcendência".
È prevenir descobertas similares à triste conclusão de Leonardo da Vinci."Quando pensava estar aprendendo a viver, eu estava aprendendo a morrer"- uma sabedoria que algumas vezes pode proporcionar o florescimento de gênios, mas que com maior frequência resulta em uma paralisia da vontade".








Ouço de algumas pessoas que a Igreja Católica exalta a cruz, a morte de Jesus Cristo e preocupa-se muito
com a vida eterna,e que estas são algumas das razões do afastamento de muitas pessoas.
Tendo como fundamento os pensamentos de
Bauman pergunto: Será a rejeição a estes fatos e
ideias um mecanismo de defesa para não acordar,
e não se deparar com a finitude?


Um acréscimo necessário: A Igreja Católica fundamenta-se na ressurreição de Jesus Cristo.



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fonte: http://artescomtrastestraquinagens.blogspot.com/
















































































































Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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