quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009


CON- VERSO: UM PAPO REGADO A POESIA(III)
O Livre- Arbítrio
"O homem não é um ser que tem a postura ereta, o homem é um ser em transformação. Quanto mais ele se capacita a si mesmo a vir a ser, mais ele dá cumprimento a sua verdadeira missão".
Rudolf Steiner
CON-VERSO é essa conversa que quero ter com você, às vezes mais leve, em outros momentos mais densa. É um grito de alerta, sobre o como viver e para que viver.
A vida é o caminho que vai se realizando ao andar, resultado de nossas escolhas e de nosso modo peculiar de olhar para os acontecimentos-paisagens que vão surgindo à nossa frente. Nossa história deve ser uma história de aperfeiçoamento
Cada escolha é uma decisão que altera o destino, cada olhar nos faz ganhar ou perder nossas forças, nos faz avançar ou recuar.
Apesar da vida não comportar rascunho, não permitir voltar atrás ou mesmo apagar, não significa que tudo está perdido.
Podemos se quisermos, fechar o capítulo e começar outro bem diferente.
Chico Xavier disse"Embora ninguém possa voltar e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".

VANDER LEE

relendo minha lida,

minha alma,

meus amores.

revendo minha vida,

minha luta,

meus valores.

Refazendo minhas forças,

minhas fontes,

meus favores.

regando minhas folhas,

minhas faces,

minhas flores.

limpando minha casa,

minha cama,

meu quartinho.

soprando minha brasa,

minha brisa,

meu anjinho.

bebendo minhas culpas,

meu veneno,

meu vinho.

Escrevendo minhas cartas,

meu começo,

meu caminho.

Estou podando o meu jardim

Estou cuidando bem de mim.



Lembre-se: a nosso história é única e intransferivel; se seguirmos o caminho alheio, ou repetirmos os dos nossos pais, não concretizaremos o nosso potencial, o nosso daimon.



Thoureau lembra de forma magnifica a nossa tarefa:"Devemos ser um Colombo e descobrir novos continentes e mundos que existem dentro de nós".
Para isso é preciso viver e aprender intensamente com os erros, com os tropeços, pois a vida é uma construção diária e, nós, eternos aprendizes.
Na civilização helênica, o herói tinha como tarefa de vida continuar a obra da criação, ou seja, realizar seu daimon- a parte imortal-seus talentos e virtudes, e, se assim o fizesse, as coisas viriam até ele.
O destino era entendido como a realização das potencialidades, e isso, era mais importante do que a própria vida.
Destino não era, portanto, algo previsível, mas a realização de si próprio à partir das descobertas do que se é e de seu aperfeiçoamento".
É preciso recuperar essa ideia para que possamos reencontrar o significado maior para nossas vidas.

Segue o teu destino,

Rega as tuas plantas,

Ama as tuas rosas.

O resto é a sombra

De árvores alheias.

A realidade

Sempre é mais ou menos

Do que nós queremos.

Só nós somos sempre

Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.

Grande e nobre é sempre

Viver simplesmente.

Deixa a dor nas aras

Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.

Nunca a interrogues.

Ela nada pode dizer-te.

A resposta

Está
além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo

No teu coração.

Os deuses são deuses

Porque não se pensam.

Ricardo Reis


Observação: Caros amigos não deixem de ler o comentário postado por Pe. Marcelo, é realmente muito interessante sua contribuição.
Obrigada Pe. Marcelo por sua participação.

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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