sábado, 28 de março de 2009


MENTES SIMPLES E COMPLEXAS
O ovo não é quadrado. O coração não é retangular. "O DNA são espirais que se procuram a si mesmas num interminável balé de curvas”.
A mente simples é retilínea, plana.
A mente complexa é curva, elíptica.
A mente simples acredita que somando dois com dois vai chegar ao quatro.
A mente complexa sabe que somando dois com três pode chegar a vários resultados, até mesmo, eventualmente, ao quatro.
A mente simples afirma que a linha reta é a menor distância entre dois pontos.
A mente complexa sabe que o universo é curvo e que, portanto, a curva pode também ser a menor distância entre dois pontos.
A mente simples acredita que o que não é branco é preto.
A mente complexa sabe que existe um espectro de cores e é com essa palheta que se chega ao arco-íris.
A mente simples diz furiosa: olho por olho, dente por dente.
A mente complexa pondera como Gandhi, e sabe que dizendo olho por olho acabaremos todos cegos e desdentados.
Lembram-se de quando dividíamos o mundo em esquerda e direita?
Hitler não era de direita nem Stalin de esquerda.
Hitler e Stalin eram mentes perversamente simples.
A mente simples não vê matizes.
È o bem contra o mal, o certo contra o errado, o Ocidente versus Oriente.
O terrorista tem uma mente terrivelmente simples.
O pacifista, até o pacifista, pode ter uma mente desarmadamente simples.
A arte não é uma coisa simples, embora alguns a simplifiquem em receitas, objetos de consumo e marketing.
Bruneleschi e Alberti, que descobriram a perspectiva no Renascimento, não tinham uma mente simples.
Goya não tinha uma mente simples.
Clarice não tinha uma mente simples. Nem Guimarães Rosa.
Bach era simplesmente complexo.
A mente complexa é a que está sempre aberta para novas dimensões.
Newton percebeu dimensões novas no universo.
Einstein agregou a quarta dimensão.
E agora Stephen Hawking nos anuncia que há pelo menos 21 dimensões ou realidades diferentes.
Olhemos a biologia: o ovo não é quadrado.
O coração não é retangular.
O DNA são espirais que se procuram a si mesmas num interminável balé de curvas.
Olhemos as galáxias.
E os ventos. E os vulcões.
E as tempestades.
Não são simples, não marcham em linha reta.
O amor, ah!, o amor, não é, nunca foi uma coisa simples.
(Affonso Romano de Santana - CORREIO BRAZILEINSE de 20/03/2005)

1 de dezembro de 2008
Por Jim DawsonInside Science News Service
Exercicio Mantém Seu Cérebro Jovem, Mesmo que Você Seja Velho
Os adultos mais velhos que se exercitam regularmente têm mais vasos sanguíneos pequenos e mais sangue flui em seus cérebros do que pessoas mais velhas que não se exercitam, foi o que os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, descobriram após comparar imageamentos dos cérebros dos dois grupos.
O fluxo sanguíneo supre o cérebro com nutrientes e a perda dos pequenos vasos sanguíneos no cérebro, um processo normal de envelhecimento, leva à morte de algumas células cerebrais .
“Nossos resultados mostram que o exercício pode reduzir mudanças relacionadas ao envelhecimento na vascularização (os pequenos vasos sanguíneos) no cérebro e o sangue flui, explica Feraz Rahman, que apresentou a pesquisa no Encontro Anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte. “Nossos estudos mostram que exercícios são uma prevenção eficaz contra o declínio cognitivo nos idosos [e que] a vascularização e a irrigação sanguínea podem ser uma das razões”.
Os imagementos foram realizados nos cérebros de 12 adultos saudáveis com idades entre 60 e 76 anos. Seis tinham participado de exercícios aeróbicos por três ou mais horas por semana, nos últimos 10 anos, e seis tinham realizado exercícios de menos de uma hora por semana.
Usando imageamento em 3D, os pesquisadores encontraram menos vasos capilares nos cérebros do grupo sedentário, juntamente com um fluxo sanguíneo mais imprevisível. O grupo ativo tinha mais capilares e uma melhor irrigação sanguínea, o que o autor principal do estudo, J. Keith Smith da Escola de Medicina da UNC, diz demonstrar “a importância de exercícios regulares para um envelhecimento saudável”.

Morre lentamente quem não viaja,quem não lê, quem não ouve música,quem destrói o seu amor próprio,quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,repetindo todos os dias o mesmo trajeto,quem não muda as marcas no supermercado,não arrisca vestir uma cor nova,não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"a um turbilhão de emoções indomáveis,justamente as que resgatam brilho nos olhos,sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou dachuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,não perguntando sobre um assunto que desconhecee não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar.
Estejamos vivos, então!
Pablo Neruda





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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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