quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009


O Bêbado e o Equilibrista

Começa assim!
De repente um nó na garganta e um pequeno desassossego; a sensação é de que o tênue fio, o fio condutor, o fio mestre, aquele que lhe dá a razão de existir,que lhe segura, está prestes a romper.
Sorrateiramente uma voz começa a lhe questionar: Para que tudo isso?
Aumenta o atordoamento, a confusão. Um ligeiro desequilíbrio e um grande cansaço de tudo. Agora não mais uma voz e sim uma nuvem espessa cresce paulatinamente, encobrindo todas as cores, toda a alegria. O fio condutor por uns momentos, parece fugir de seus pés, e perto da exaustão sai de suas entranhas um grito rouco: “ Pare, isso vai lhe levar para dentro do buraco!”

“Hoje é domingo, pé de cachimbo,
o cachimbo é de ouro, bate no touro
o touro é fraco, cai no buraco,
o buraco é fundo, acabou-se o mundo”.

Movimento estranho, um redemoinho vai carregando tudo para o buraco sem fundo.
A estranha força, o fio condutor que assegura a tranquilidade e as cores da
vida , por pouco não rompe.
O grito rouco, um pequeno sopro mais uma vez salva esse equilibrista da vida.
Loucura, depressão, acídia, marasmo que nome dar para isso?
Com certeza ”embriaguez do mundano”, síndrome ocasionada toda vez que nos afastamos e perdemos o contato com o Provedor da vida-DEUS.

escrito em janeiro de 2008

Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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