domingo, 25 de outubro de 2009

Cortella: pensar no futuro
Para o educador e filósofo Mário Sérgio Cortella, é muito grave que atual geração do mundo ocidental não pense no futuro.
Algo muito grave está acontecendo no mundo contemporâneo, advertiu o educador e filósofo Mário Sérgio Cortella, durante suas reflexões no Espaço Cultural CPFL. Segundo ele, a atual geração do mundo ocidental está invertendo, de modo perigoso, uma postura histórica da humanidade.

"De uma maneira geral na história humana a geração atual cuida da próxima. Cuida dos recursos, da sobrevivência. Cuida da possibilidade de meios de existência", observou.
A atual geração, contudo, vai na direção contrária. "Talvez sejamos a primeira geração de humanos no Ocidente que não cuida da próxima geração".
Existem vários motivos para essa postura antiética, acredita Cortella.

"A voracidade do nosso cotidiano, a maneira como nós desmontamos as condições de existência coletiva e, à medida que o egonarcisismo é mais presente, acabamos esgotando as condições de existência no futuro."

O educador identifica as possíveis consequências dessa forma da atual geração se posicionar em relação às gerações futuras: "Em outras palavras, estamos fazendo o que se chama de saque antecipado do futuro. Sacando o futuro por antecipação. Gastando o futuro por antecipação."
Uma nova forma de encarar o futuro, a responsabilidade com as novas gerações, é no entanto possível, acredita Cortella. Pela própria capacidade humana de criar. "O ser humano é capaz de dizer que é possível fazer de outro modo. E não desistir. E ser capaz exatamente de reinventar. E essa é uma capacidade forte nossa."










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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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