segunda-feira, 23 de março de 2009

Da Solidão
(Cecília Meireles/Escolha o seu sonho)
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão.Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia;como se o peso do céu desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo.

No entanto haverá na terra verdadeira solidão? Não estamos todos cercados por inúmeros objetos, por infinitas formas da Natureza e o nosso mundo particular não está cheio de lembranças, de sonhos, de raciocínios , de ideias, que impedem uma total solidão?

Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas,mas que podemos apreender e escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecero nosso próprio mistério.Como aquele Sultão Mamude, que entendia a fala dos pássaros, podemos aplicar toda a nossa sensibilidade a esse aparente vazio de solidão;e pouco a pouco nos sentiremos enriquecidos.

Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não só o mais estático dos seus aspectos,mas também o mais comunicável, o mais rico de sugestões, o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.


Façamo-nos também desse modo videntes:olhemos devagar para a cor das paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos sem maiores pretensões.Não procuremos neles a beleza que arrebata logo o olhar,o equilíbrio de linhas, a graça das proporções: muitas vezes seu aspecto-como o das criaturas humanas-é inábil e desajeitado. Mas não é isso que procuramos apenas: é o seu sentido íntimo que tentamos discernir.Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências que representam, e a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho humano, por infindáveis séculos.

Amemos o que sentimos de nós mesmos, nessas variadas coisas, já que, por egoístas que somos, não sabemos amar senão aquilo em que nos encontramos.Amemos o antigo encantamento dos nossos olhos infantis, quando começavam a descobrir o mundo: as nervuras das madeiras, com seus caminhos de bosques e ondas e horizontes:o desenho dos azulejos;o esmalte das louças;os tranquilos,metódicos telhados...Amemos o rumor da àgua que corre, os sons das máquinas, a inquieta voz dos animais que desejaríamos traduzir.

Tudo palpita em redor de nós, e é como um dever de amor aplicarmos o ouvido, a vista, o coração a essa infinidade de formas naturais ou artificiais que encerram seu segredo, suas memórias, suas silenciosas experiências. A rosa que se despede de si mesma, o espelho onde pousa o nosso rosto, a fronha por onde se desenham os sonhos de quem dorme, tudo, tudo é um mundo com passado, presente, futuro, pelo qual transitamos atentos ou distraídos.Mundo delicado, que não se impõe com violência:que aceita a nossa frivolidade ou o nosso respeito:que espera que o descubramos, sem se anunciar nem pretender prevalecer; que pode ficar para sempre ignorado, sem que por isso deixe de prevalecer; que não faz da sua presença um anúncio exigente."Estou aqui! estou aqui",Mas concentrado em sua essência, só se revela quando os nossos sentidos estão aptos para o descobrirem.E que em silêncio nos oferece suas múltipla companhia generosa e invisível.

Oh! se vos queixais de solidão humana, prestai atenção, em redor de vós, a essa prestigiosa presença, a essa copiosa linguagem que de tudo transborda, e que conversará convosco interminávelmente.


domingo, 22 de março de 2009

A HORA DO PLANETA

ANOTE E PARTICIPE: Sábado, 28 de março, às 20h30
mude seus hábitos por um planeta mais sustentável
O WWF-Brasil participa pela primeira vez da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.Participe! É simples. APAGUE AS LUZES DE SUA CASA.
saiba mais acessando o site: http://www.horadoplaneta.org.br/

A rede Fairmont Hotels & Resorts confirmou a sua participação na Hora do Planeta, informando que todos os seus 56 hotéis e resorts, de Dallas a Dubai apagarão suas luzes.
Em Sydney, todas as balsas do famoso porto da cidade anunciarão com seus apitos o início do evento na Austrália
A cidade luz apagará ícones como a Torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame e a avenida Champs -Élysées por sessenta minutos.
Diversos monumentos, locais públicos e edifícios administrativos de Portugal ficarão às escuras para marcar a Hora do Planeta, no dia 28 de março, desde a Câmara Municipal de Lisboa, ao Edifício dos Paços do Conselho.
Uma das praças mais representativas da cultura mexicana, o Zócalo, que reúne os principais símbolos nacionais do México, marcará a participação do país na Hora do Planeta, no dia 28 de março
Cidades
Alta Floresta D'Oeste - RO
Arceburgo - MG
Belo Horizonte - MG
Brasília - DF
Campo Florido - MG
Capela do Alto - SP
Castro Alves - BA
Corupá - SC
Curitiba - PR
Itajaí - SC
Itaruma - GO
Jumirim - SP
Lorena - SP
Nova Iguaçu - RJ
Osasco - SP
Ouro Preto - MG
Pedro Osório - RS
Penápolis - SP
Peruibe- SP
Porto Alegre - RS
Rio das Ostras - RJ
Rio de Janeiro - RJ
Salgueiro - PE
São Geraldo do Araguaia - PA
Tarumã - SP
Taubaté - SP
Ubá - MG
Votorantim -SP
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), importante instituição brasileira na área de ciência e tecnologia em saúde, aderiu à Hora do Planeta 2009. No dia 28 de março, às 20h30, a Fiocruz vai apagar as luzes ornamentais da sede da fundação, um prédio histórico conhecido como "castelinho", no bairro de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro.
Curitiba aderiu hoje oficialmente à campanha Hora do Planeta 2009. No dia 28 de março, dez monumentos da cidade terão suas luzes apagadas por uma hora, das 20h30 às 21h30. Entre os ícones da cidade que serão apagados estão o Teatro do Paiol, o Fonte dos Anjos, a Torre da Biodiversidade e a Estufa do Jardim Botânico.
O Arcebispo Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1984, mostra-se sensível às questões climáticas ao apoiar a Hora do Planeta. O sul-africano, conhecido por seu trabalho na defesa da igualdade dos direitos civis, conhece bem o poder da união dos indivíduos por uma causa em comum. Desmond empresta sua voz para defender a causa.
O cantor e compositor Lenine aderiu à Hora do Planeta. No próximo dia 28 de março ele apagará as luzes da sua casa com a convicção de que cada ser humano deve fazer sua parte para contribuir na construção de um mundo melhor
Eu também vou participar e te convido a fazer o mesmo.Entre no site e tenha mais informações.


quarta-feira, 18 de março de 2009

RESILIÊNCIA
"O desenvolvimento é um processo multidirecional e multidimensional-caracterizado pela ocorrência conjunta de aumento(ganhos), diminuição (perdas) e manutenção(estabilidade) da capacidade adaptativa" .
Um conceito central para entendermos o curso da vida é o de plasticidade,seu alcance e limites. Esse conceito fornece uma indicação do potencial de mudança do indivíduo e de sua flexibilidade e resistência para lidar com desafios e exigências.

O grau de plasticidade é contingente à capacidade de reserva do indivíduo:recursos internos e os externos disponíveis num dado momento.
A resiliência como uma forma de plasticidade:
Garmezi(1991) definiu resiliência como a capacidade de recuperação e manutenção do comportamento adaptativo, quando ameaçado por um evento estressante.
A resiliência do indivíduo muda nas transações com circunstâncias e desafios específicos. Consequentemente, a resiliência demonstrada numa dada situação não necessáriamente mantém-se no tempo,nem se genraliza para outras circunstâncias e outros desafios.
Hoje o conceito de resiliência passou de uma fase de "qualidades pessoais",até ao conceito mais atual de compreendê-la como um atributo da personalidade desenvolvido no contexto psico-socio-cultural em que as pessoas estão inseridas.
Fatores de Resiliência:
administração das emoções(habilidade de se manter calmo sob pressão).
Controle dos impulsos(habilidadede não agir impulsivamente e a capacidade de mediar os impulsos e as emoções).
otimismo(habilidade de ter a firme convicção de que as situações irão mudar quando envolvidas em adversidades e manter a esperança de um futuro melhor).
Análise do ambiente(habilidade de identificar precisamente as causas dos problemas e adversidades).
Empatia( habilidade de ler os estados emocionais e psicológicos de outras pessoas).
Auto-eficácia(convicção de ser eficaz nas ações).
Estes fatores foram selecionados por serem concretos e de possível mensuração, podem ser ensinados e melhorados em programas educativos específicos.
Fonte:Psicologia do Envelhecimento?Anita Liberalesso Neri(org)






bom final de semana...
O SOM É A VIBRAÇÃO DA VIDA
A música e o canto são importantes formas de expressão do ser humano.A música tem som,rítmo,harmonia e melodia.Esses elementos formam parte do ser humano.
O som é a vibração da vida.
O rítmo tem a ver com a ação.
A harmonia com a carga emocional
A melodia com a carga afetiva

Assim como há músicas que carecem de rítmo, há outras com hiperatividade rítmica.Cada uma delas tem uma repercussão no ser, seja cultural ou emocionalmente.
A percussão não se intelectualiza,mas se sente; é preciso se mover.
Os rítmos das tumbas e tambores não permitem a introspecção,mas convidam a pélvis, a movimentos eróticos.As canções infantis têm como objetivo destacar a melodia.No rock é diferente, há uma ausência melódica, um trabalho mais rítmico e harmônico, de um lado intelectual e do outro ativo.È mais esquizóide,mais dividido.
Nossas identificações musicais nos dizem um pouco de nós mesmos. A música representa aquilo que psicológica e emotivamente nos produz empatia e nos orienta para certos conteúdos, tanto afetivos quanto racionais.Podemos classificar a música em três categorias:
a que evoca
a que provoca
a que explode.
Algumas músicas nos convidam ao desenfreio, a catarse, à mobilização, a sairmos de nós mesmos.Outras músicas estão repletas de conteúdos emocionais, ativam memórias afetivas e provocam o surgimento de emoções internas.Também temos a música mais pura, que evoca estados superiores.
A música que provoca e a que explode têm muito a ver com os estados internos relacionados à paixão, ao ódio.


A grandeza da dança é que ela convida à entrega.Os rítmos levam a superar a rigidez, a expandir-se completamente e, nessa explosão, pode-se dançar horas e horas e entrar em estados alterados de consciência, em que não existem fronteiras para o tempo, em que não se tem medida. A dança própriamente tem muitos conteúdos psicológicos. Dançar , aparentemente tão fácil, é muito difícil pois é preciso ser espontâneo, e a espontaneidade não se limita a rítmos pré -estabelecidos.
Na dança pode-se trabalhar com o contato, a confiança, a capacidade de deixar-se levar e de se guiar, pode-se trabalhar com a ternura.
A música é um apoio tanto para a patologia como para o bem-estar.
A música nos ajuda, nos apoia e nos facilita ser tolerantes.
Cada emoção tem um som, um rítmo , uma melodia e uma harmonia específica, afirma o autor dessas idéias Guillermo Borja.
fonte: A loucura cura/Guillermo Borja
Um belo programa que só tem músicas lindas no meu ponto de vista é "Sr.Brasil" na TV Globo às segundas-feiras.




segunda-feira, 16 de março de 2009

Mal de Alzeheimer
Matéria publicada no blog do jornalista Washington Araújo

Estudos feitos nos Estados Unidos indicam que pacientes com Mal de Alzheimer talvez possam retardar o desenvolvimento da condição por meio de musicoterapia.
O pesquisador Peter Janata, da Universidade da Califórnia, monitorou a atividade cerebral de um grupo de voluntários enquanto ouviam música e concluiu que a região do cérebro associada à música também está associada às memórias mais vívidas de uma pessoa. A área do cérebro parece servir de centro que liga música conhecida, memórias e emoções.
Seu estudo foi publicado na edição online da revista científica Cerebral Cortex e será incluído na edição impressa da revista, ainda neste ano.
Segundo Janata, a revelação pode ajudar a explicar por que música pode despertar reações fortes em pessoas com o Mal de Alzheimer.
A região ativada durante o experimento, o córtex pré-frontal (logo atrás da testa), é uma das últimas áreas do cérebro a se atrofiar à medida em que a doença progride.
“O que parece acontecer é que uma música conhecida serve de trilha sonora para um filme mental que começa a tocar em nossa cabeça”, disse o especialista.
“Ela traz de volta as lembranças de uma pessoa ou um lugar, e você pode de repente ver o rosto daquela pessoa na sua mente”.
“Agora podemos ver a associação entre essas duas coisas - música e memória”. Trabalhos anteriores de Janata já haviam indicado que música serve como um potente estimulante no resgate da memória.
De forma a aprender mais sobre o mecanismo por trás desse fenômeno, ele reuniu 13 voluntários (estudantes da Universidade da Califórnia) para um novo estudo.
Enquanto os voluntários ouviam trechos de 30 canções diferentes em fones de ouvido, Janata monitorou a atividade em seus cérebros com um exame de ressonância magnética (fMRI).
Para aumentar as chances de que os estudantes associassem ao menos algumas das canções com lembranças do passado, o pesquisador selecionou músicas que foram sucesso no período em que cada voluntário tinha entre oito e 18 anos de idade.
Depois de ouvir cada trecho, os participantes responderam perguntas sobre a canção, entre elas, se a música era conhecida, se era boa e se estava associada a algum acontecimento, incidente ou lembrança.
Logo após o exame de ressonância magnética, os voluntários completaram um questionário sobre o conteúdo e a vividez das lembranças que cada canção familiar havia despertado.
Os questionários revelaram que, em média, cada participante reconheceu entre 17 e 30 trechos. Desses, cerca de 13 eram moderadamente ou fortemente associados com uma lembrança autobiográfica.
Músicas que estavam associadas a lembranças mais importantes foram as que provocaram as respostas mais emotivas.
Mais tarde, comparando os questionários com as imagens registradas pelo exame de ressonância magnética, Janata descobriu que o grau de importância da lembrança era proporcional à quantidade de atividade no córtex pré-frontal do estudante.
O experimento confirmou a hipótese de Janata de que esta região do cérebro associa música e memória.
Segundo Janata, lembranças de canções importantes do ponto de vista autobiográfico parecem ser poupadas em pessoas com o Mal de Alzheimer.
Tendo isso em vista, um dos objetivos do especialista é usar suas pesquisas para desenvolver terapia baseada em música para pessoas que sofrem da condição.
“Equipar pacientes com tocadores de MP3 e listas personalizadas de canções”, ele especula, “pode talvez ser uma estratégia efetiva e econômica para melhorar sua qualidade de vida”. (BBC)
publicado em
Questão de Direito Fórum
http://www.cidadaodomundo.org/ (vale a pena conhecer esse blog)
Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor .
Meu pai está com Alzheimer.. Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo. O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer. Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que.....', frase que me dá arrepios. E o que fazer... para evitarmos essas drogas? Como? Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida 'bandida'. Meu conselho: é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo nunca, pois dali, só há um caminho: descer. Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos. Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos. Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso. Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? Hum... Preocupante). Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade. Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer. Dicas para escapar do Alzheimer: Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões. Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Tente fazer um teste: - use o relógio de pulso no braço direito; - escove os dentes com a mão contrária da de costume; - ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque); - vista-se de olhos fechados; - estimule o paladar, coma coisas diferentes; - veja fotos de cabeça para baixo; - veja as horas num espelho; - faça um novo caminho para ir ao trabalho. A proposta é mudar o comportamento rotineiro! Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar! Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?
fonte:mensagem recebida por e-mail
Uma observação que faço: cuidem-se bem quando perceberem que estão deprimidos, pois a depressão também pode ocultar a doença.

sábado, 14 de março de 2009

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Até bem pouco tempo atrás, o mundo viveu uma verdadeira obsessão por testes para medir o quociente de inteligência(QI) , isto é,a capacidade de entender símbolos matemáticos e linguísticos.Nos anos 90, descobriu-se, no entanto, que QI elevado não era sinônimo de sucesso. Para conseguir se dar bem na vida, era preciso ter também inteligência emocional(QE), ou seja, ter autoconhecimento, autodisciplina, persistência e empatia.
Agora sabemos que o QI e QE podem trazer crescimento profissional e financeiro,mas para ter paz interior e alegria, o ser humano precisa ter também inteligência espiritual. Isto é, precisa ter capacidade de encontrar um propósito para a vida e de lidar com os problemas existencias que surgem em momentos de fracasso, de rompimentos, de dor e de liberdade.

Para a filósofa e psicóloga Danah Zohar, autora do livro "Inteligência Espiritual", "a inteligência espiritual , também chamada de QS(do inglês"spiritual quociente"), é a inteligência que leva o ser humano a criar situações novas, a perceber por exemplo a necessidade de mudar de rumo, de investir mais num projeto ou de dedicar mais tempo à família".
Para o rabino Nilton Bonder, autor do livro "Fronteiras da Inteligência", "ela nos permite encontrar um senso de propósito e direção.No entanto, ressalta:" a inteligência espiritual não está ligada a religiosidade."A religião é apenas uma das linguagens que podem ser usadas para o desenvolvimento da espiritualidade.
Nós usamos a inteligência emocional quando nos sentimos num impasse, quando enfrentamos armadilhas de velhos hábitos ou quando temos problemas existenciais, explica Zohar.

Para aprimorar a inteligência espiritual, o fundamental, é se questionar, fazer perguntas a si mesmo.Indagar a si mesmo leva ao autoconhecimento e permite a escolha de caminhos mais acertados.
Também podemos meditar ou ler poemas e trechos de livros que nos emocionaram, ou mesmo, fazer um diário dos acontecimentos do dia e refletir sobre eles.
O conceito de inteligência espiritual também vai contra atitudes comodistas.Para desenvolvê-la, é preciso, segundo os especialistas, assumir a responsabilidade pela própria vida e tentar transcender a dor e os obstáculos.
Alguns sinais de inteligência espiritual elevada: capacidade de ser flexível;gráu elevado de autoconhecimento;capacidade de enfrentar a dor;capacidade de aprender com o sofrimento e com os erros cometidos;capacidade de se inspirar em ideias e valores;relutância em causar danos aos outros;tendência para ver conexões entre realidades distintas;tendência de se questionar sobre suas ações e seus desejos.


TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Abstrata: capacidade de entender e manipular símbolos matemáticos ,verbais e sonoros(lógica-matemática/linguística/
musical)
Concreta:capacidade de entender e manipular objetos(pictórica-espacial/cinético-corporal)
Social:capacidade de compreender os outros e de se relacionar com eles.(interpessoal/intrapessoal)
Emocional:envolve a capacidade de interagir com o mundo levando em conta os sentimentos e a habilidade de compreender as próprias emoções e a dos outros e levá-las em conta nas decisões pessoais e profissionais.
Espiritual:é a capacidade de aplicar, nas ações do cotidiano, princípios e valores espirituais com o objetivo de encontrar paz e tranquailidade.
fonte de pesquisa:A Folha de São Paulo/folha equilíbrio/11 de outubro de 2001/reportagem de Márcia Detoni
Exercícios para desenvolver a inteligência espiritual:

Questionamentos:
Na sociedade consumista, quem não consome existe?
No Brasil, segundo o IBOPE, as pessoas veem em média cinco horas de tevê por dia. O que aprendemos nessas cinco horas?
E o que dizer do Pedro Bial , quando se dirige aos participantes do Big Brother chamando-os de "nossos heróis" e nossos mártires"?
Você já assitiu o documentário "Pro Dia nascer Feliz", do diretor João Jardim, que aborda a situação da educação no Brasil?
Quem disse que não dá? Na Fininvest dá!"
Será que sabemos que nunca se vence uma guerra lutando sozinho?
(quem disse isso foi alguem considerado "louco"?Raul Seixas)






sexta-feira, 13 de março de 2009

POESIA É VOAR FORA DA ASA
Manoel de Barros



"A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos-viver é isso.
È um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda,
até que dorme e não acorda mais.
A vida da gente neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas.
Cada pisco é um dia.
pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
-E depois que morre-perguntou o Visconde.
-Depois que morre, vira hipótese.
É ou não é?

Musiquin
Quando alguém me desaponta
paro tudo e dou um tempo
dali a pouco eu me dou conta
que ninguèm é cem por cento.

Seja um princípe ou um sapo
seja um bicho ou uma pessoa
até mesmo um pé-de-nabo
tem alguma coisa boa.

Pé de nabo, do Palavra Cantada

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma.
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma.
A vida não para.
Enquanto o tempo acelera e pede pressa.
Eu me recuso faço hora vou na valsa.
A vida é tão rara.
Enquanto todo mundo espera a cura do mal.
E a loucura finge que isso tudo é normal.
Eu finjo ter paciência.
E o mundo vai girando cada vez mais veloz.
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós.
um pouco mais de paciência.
Será que é tempo que lhe falta pra perceber.
será que temos esse tempo pra perder.
E quem quer saber.
A vida é tão rara(tão rara).
mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma.
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma.
Eu sei, a vida não para(a vida não para não).
Será que é tempo que me falta pra perceber.
Será que temos esse tempo pra perder.
E quem quer saber.
A vida é tão rara(tão rara).
mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma.
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma.
Eu sei, a vida não para.
Composição:Lennine e Dudu Falcão


Se sou alegre ou sou triste?...
Francamente não sei.
A tristeza em que consiste?
Da alegria o que farei?
Não sou alegre nem triste.
Verdade não sei que sou.
Sou qualquer alma que existe
E sente o que Deus fadou.


Afinal, alegre ou triste?
Pensar nunca tem bom fim...
Minha tristeza consiste
Em não saber bem de mim...
Mas a alegria é assim...
Fernando Pessoa

Não tenhas medo, ouve:
È um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderá decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que dê paz...

Miguel Torga

Uma poesia nada engraçadinha para as pessoas com mais de 50 anos
Prata nos cabelos.
Ouro nos dentes.
Pedras nos rins.
Açúcar no sangue.
Chumbo nos pés.
Ferro nas articulações.
E uma fonte inesgotável de gás natural.
Nunca se pensou que a partir dos 50 se pudesse ter uma riqueza tão grande!!!

Um pouco de ARTE para nossa mente entrar em harmonia...


Vale a pena conhecer os trabalhos de Renata Barillari e de outros artistas no site:http://tudoedimais.blogspot.com/search/label/artes

QUERO AGRADECER A TODOS QUE TEM VISITADO ESSE BLOG, ONTEM FORAM 53
VISITAS ATÉ ÁS 18:30h. BOM FIM DE SEMANA


quinta-feira, 12 de março de 2009

Os menores e a sociedade Simone de Beauvoir conta a seguinte história: havia uma mulher que era muita maltratada pelo seu marido,então arranjou um amante,a cuja casa ia uma vez por semana.Para visitá-lo, tinha de atravessar um rio.Podia fazê-lo por barca ou por uma ponte. Na vizinhança havia um conhecido assassino fugitivo,motivo pelo qual a mulher evitava ir pela ponte.Um dia demorou-se mais do que de costume.Quando chegou ao rio, o barqueiro não quis levá-la, alegando que que seu horário de trabalho havia encerrado.A mulher pediu ao amante que a acompanhasse até a ponte,mas este recusou, dizendo que estava muito cansado. A mulher resolveu arriscar e o assassino a matou.
Simone pergunta: quem é o culpado? O barqueiro burocrata? O amante negligente? A própria mulher, por ser adúltera? E comenta:
"Em geral, as pessoas culpam um desses três,mas ninguém se lembra do assassino.Écomo se fosse normal um assassino assassinar".
A reflexão é a seguinte: Devemos reduzir a idade de responsabilidade penal para fazer imputáveis jovens a partir de 16 anos aqui no Brasil?
Para o juiz de Direito da Infância e da Juventude em São Paulo, Dr.João Batista Saraiva, "A questão da responsabilização do adolescente infrator e a eventual sensação da impunidade que é passada para a opinião pública não decorre do texto legal nem da necessidade de sua alteração".

Como no caso do homicídio da mulher adúltera, discute-se ,de acordo com o juiz, o crescimento da violência infantil-esquecendo-se de que tem como causas desemprego, miséria, desagregação familiar, deseducação.
Não se fala do verdadeiro vilão:"A ausência de comprometimento do Estado e da sociedade com a efetivação das propostas trazidas pelo ECA".
Concordo com Dr. João Batista; enquanto o governo não levar a sério a questão da educação em nosso país, enquanto não executar as medidas socioeducativas previstas na lei, a violência de jovens e adolescentes estará aumentando. E não será a redução da lei penal que irá resolver o problema.
fonte de pesquisa:Folha de São Paulo/Data Venia/Os menores e a sociedade/João Batista Saraiva, 1997.
A MEDIDA DO HOMEM
JULIAN MARÍAS
O sofista Protágoras afirmava:"O homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são".
Em seu livro Biografia de uma Filosofia, o filósofo Julian Marías comenta minuciosamente essa passagem e tenta indagar o seu significado.Protágoras falava das "Kherêmata"-o sentido das coisas, dos "assuntos" de que os homens se ocupam.São os homens que dão o valor às coisas, descobre o que elas "são" ou "não são", enfim são os homens que lhes dá a sua "medida".
No entanto, nossa época inverte a visão de Protágoras.Agora passamos a entender o homem a partir das coisas, a medi-lo por elas.
Julian Marías indaga quando se inicia e por quê isto aconteceu.
Desde o século XVII e mais enfáticamente no século XVIII, se acentua o empirismo.
Julgam-se as épocas, as formas de vida, os países pelo seu número, por sua riqueza, por seus recursos, e não pelo que o homem faz com isso.
A suma pobreza que não se reflete em estatística alguma é o homem que não sabe de onde vem e o que aconteceu com ele antes de nascer.O que verdadeiramente conta e que não é registrado em PIB algum é o que o homem faz com a sua superdotação, com sua capacidade de amar, ou o que ele esquece de fomentar e cultivar.
Se utilizássemos como medida de julgamento de uma época pelo seu número, pela sua riqueza, por seus recursos, a Grécia, entre Homero e Aristóteles seria uma insignificância.
Para Julían Márias "a visão estatística da realidade introduziu uma incalculável deformação de perspectiva, precisamente por supor que se pode reduzi-la ao calculável.
fonte:O Estado De São Paulo/Espaço Aberto/Julían Marías, filósofo/24 de agosto de 1997
Julío Marías faleceu em 2005 aos 91 anos.
Encontrei esta matéria "A REGRA ÁUREA" em um blog e pensei em fazê-la circular por achá-la interessante.
A REGRA ÁUREA
Interessantes analogias…
CRISTIANISMO "Faça ao teu próximo somente o que gostaria que lhe fizessem."

JUDAISMO "Não faças ao teu semelhante aquilo que para ti mesmo é doloroso."

CONFUCIONISMO "Não faças aos outros aquilo que não queres que eles te façam."

HINDUISMO "Não faças aos outros aquilo que, se a ti fosse feito, causar-te-ia dor."

TAOÍSMO "Considera o lucro do teu vizinho como teu próprio, e o seu prejuízo como se também fosse teu."

ZOROASTRISMO "A Natureza só é amiga quando não fazemos aos outros nada que não seja bom para nós mesmos."

BUDISMO "De cinco maneiras um verdadeiro líder deve tratar seus amigos e dependentes: com generosidade, cortesia, benevolência, dando o que deles espera receber e sendo tão fiel quanto à sua palavra."

JAINISMO "Na felicidade e na infelicidade, na alegria e na dor, precisamos olhar todas as criaturas assim como olhamos a nós mesmos."

SIKHISMO "Julga aos outros como a ti mesmo julgas. Então participarás do Céu."

ISLAMISMO "Ninguém pode ser um crente até que ame o seu irmão como a si mesmo."
Fonte.
http://gueiesha-euzinhaeuzinha7.blogspot.com/










quarta-feira, 11 de março de 2009


Arrogância e Autoconfiança
Arrogância é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. É encontrada em pessoas que não desejam aprender com os outros, que não aceita o que o outro fala, e não suporta sentir-se no mesmo nível do seu próximo. São sinônimos, o orgulho excessivo, a soberba, a altivez, o excesso de vaidade pelo próprio saber.A psicologia também entende que o orgulho em excesso pode ser um mecanismo de defesa que a pessoa utiliza para proteger-se dos próprios sentimentos de inferioridade.
A humildade é "ser do tamanho que se é", isto é, nem maior mas também não menor. A arrogância é uma característica que faz inflar o nosso ego, um mecanismo ilusório que mais dificulta do que ajuda o indivíduo a alcançar o que deseja: o respeito do outro.
Não devemos jamais confundir arrogância com coragem, ousadia,liderança ou segurança.A pessoa arrogante geralmente é egoísta mas exige a solidariedade das pessoas.Exige ser ouvido,mas não dá ouvidos à ninguém.
O arrogante dificilmente agradece por um favor recebido pois jamais reconhece que o recebeu.
"Agem com arrogância os que ensinam aos outros o que eles próprios desconhecem.Quem não sabe para si,não ponha escola".
fonte:Agnaldo Pila(http://www.avt.com.br/)





A autoconfiança é acreditar que será capaz de agir de maneira adequada nas situações novas e imprevistas. A pessoa autoconfiante confia em si porque se prepara para realizar seus projetos. Está sempre procurando melhorar, está sempre se questionando, tem a mente aberta e a crítica do outro não o maltrata
em demasia.

A autoconfiança está sempre em construção, portanto , em alguns momentos da nossa vida ou em determinadas situações podemos nos sentir mais ou menos seguros.A autoconfiança vem do enfrentamento daquilo que tememos, da coragem de seguir em frente apesar do medo.A autoconfiança cresce quando não nos fechamos , quando somos capazes de ouvir até o fim uma opinião diferente da nossa, quando nos abrimos para um segundo olhar, quando temos a coragem de sair dos nossos determinismos, das nossas verdades, dos nossos medos.Uma pessoa autoconfiante é mais feliz porque sabe que nunca está pronta , portanto encara melhor os seus erros e tem a humildade em mudar quando necessário.
3 caminhos para o fracasso,por Mario Sergio Cortella
Não ensinar o que sabe;
Não praticar o que sabe;
Não perguntar o que não sabe.

PADRÃO DE VIDA E QUALIDADE DE VIDA
VOCÊ SABE O QUE É FIB?
Butão é um país monárquico localizado entre China e Indía. É governado pelo Rei Jigme Singye, ( considerado uma das cem pessoas mais influentes do mundo em 2007 pela Time),que mede o FIB(Felicidade Interna Bruta) de seu país e afirma que este índice é mais importante que o PIB(Produto Interno Bruto).
O FIB é para o Rei de Butão o alicerce de todas as políticas de seu governo.
Para a antropóloga, psicóloga de Harvard, Susan Andrews, enquanto o PIB se baseia na crença de que a acumulação da produção econômica leva a um maior bem-estar, as pesquisas mostram que, após certo nível de renda, o aumento da riqueza não conduz a um correspondente aumento da felicidade.
Os indicadores do FIB são os seguintes: padrão de vida, saúde, educação,resiliência ecológica,bem-estar psicológico,diversidade cultural,uso equilibrado do tempo, boa governança e vitalidade comunitária.
O diretor do Centro de estudos do Butão,Dasho Karma Ura, afirmou:
"A renda não é buscada pelo seu bem em si,mas para aumentar a qualidade de vida, para obter a felicidade".
"Felicidade baseada na ética, em cultivar relacionamentos entre as pessoas e com a natureza.E também uma felicidade interior baseada na espiritualidade".
O FIB situa a felicidade como o pivô do desenvolvimento.
Com certeza os butaneses, com sua sabedoria dos Himalaias, tem algo a nos ensinar.È posível prosperar em harmonia com o planeta sem perder a fonte da felicidade:nossas conexões uns com os outros, com a terra e com o espríto dentro de nós.
fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/O,,EDR80676-6048,00.html

Angatuba-SP foi a primeira cidade no mundo a implementar experimentalmente o projeto do FIB fora do Butão. E logo em seguida, foi a vez da Conferência que aconteceu no SESC Pinheiros e na PUC em São Paulo, na Unicamp em Campinas e no Instituto Visão Futuro em Porangaba.(2008/2009)

segunda-feira, 9 de março de 2009

REDWOODS:UM DOS MAIS ANTIGOS SERES VIVOS DO MUNDORedwoods são sequoias muito altas (entre 90 e 100metros de altura) que vivem na costa oeste americana,mas precisamente na faixa costeira entre o sul do Oregon e a Califórnia.
O Redwoods Parque Nacional foi criado em 1968, ocupa uma área de 445Km2 e foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1980.
As sequoias podem alcançar entre 2.000 e 3.000 anos, tem troncos retos e cilíndricos com 11 metros de diâmetro, com ramos horizontais ligeiramente curvado para baixo e tem uma crosta muito espessa, macia e brilhante. Essas árvores foram usadas para construir as primeiras casas em San Francisco.
A morte de uma velha sequoia significa vida para as mais jovens, que ficam dormentes por muitos anos na sobra das gigantes.Crescem de uma semente muito pequena , resistem ao fogo, se adaptam a condições climáticas diferentes. Também vivem em sua copa uma série de plantas e animais.Quando há tempestades suas raízes se entrelaçam ás das semelhantes e então se firmam.
Os madereiros estão acabando com elas.Hoje existe apenas 5% da floresta original.

Uma americana,Julian Butterfly (23 anos)subiu em uma sequoia de 55 m de altura e 600 anos de idade, apelidada de Luna , e lá ficou por 738 dias impedindo desta forma que uma empresa madereira cortasse Luna e mais 12 mil metros quadrados da floresta.


fonte de pesquisa :revista Vida Simples/Edição 75/janeiro2009

A RESIGNAÇÃO COMO CÚMPLICE


"A decadência de uma sociedade começa quando o homem pergunta a si próprio: 'O que irá acontecer?', em vez de inquirir:'O que posso fazer?"'. Denis De Rougemont.
"A decadência (seja ela na sociedade mais ampla, seja em quaisquer instâncias, como família,trabalho, política,etc) principia quando o imperativo ético da ação é substituido pela acomodação e pela espera desalentada, isto é, quando se abre mão do dever que emana da liberdade e exige, para ser exatamente livre, uma intervenção consciente", afirma Mario Sergio Cortella.
È lamentável o que está acontecendo com todos nós. Cada vez mais vamos nos acomodando com a violência, desemprego, corrupção, fome,como se tudo isso fosse normal.
Dizemos que nada fazemos pois somos impotentes perante os fatos e daí a prostração se torna um hábito.
Fernando Pessoa diza "na véspera de não partir nunca, ao menos não há que arrumar malas".
Cortella nos lembra o pensamento do inesquecível Paulo Freire, que dizia que não se pode confundir esperança do verbo esperançar com esperança do verbo esperar.
Nessa reflexão o filósofo afirma algo extremamente importante:
Esperançar é levantar,
esperançar é ir atrás,
esperançar é construir,
esperançar é não desistir!
Esperançar é levar adiante,
esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo".
Acrescentaria que esperançar é falar, apontar, trazer à luz todas estes fatos e ideias.
Cortella ainda vai mais longe ao afirmar"Resignar-se é, de forma contundente, concordar invluntáriamente ou até ser cúmplice passivo".
fonte: matéria publicada na Folha de São Paulo/outras ideias/A resignação como cumplice/ por Mario Sergio Cortella, filósofo e professor da PUC-SP.
Peço desculpas por não citar a data dessa matéria, por não tê-la aqui comigo.


Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz.
E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos.
E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz.
E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer fila para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagar mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes.
A abrir as revistas e ver anúncios.
A ligar a televisão e assistir a comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar.
À lenta morte dos rios.
Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)

Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.
O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

























Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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