quinta-feira, 31 de março de 2011


A Esperança não murcha, ela não cansa,

Também como ela não sucumbe a Crença.

Vão-se sonhos nas asas da Descrença,

Voltam sonhos nas asas da Esperança.

Muita gente infeliz assim não pensa;

No entanto o mundo é uma ilusão completa,

E não é a Esperança por sentença

Este laço que ao mundo nos manieta?

Mocidade, portanto, ergue o teu grito,

Sirva-te a crença de fanal bendito,

Salve-te a glória no futuro — avança!

E eu, que vivo atrelado ao desalento,

Também espero o fim do meu tormento,

Na voz da morte a me bradar: descansa!

(“A Esperança”. Augusto dos Anjos, 1884-1914)

7 comentários:

  1. Linda tua escolha e adorei ver por lá do que gostas!!!beijos,chica

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  2. A espernça é nossa mola propulsora e o sonho é nosso alento. Beijos,Eliete

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  3. Adorei o teu espaço, Eliete; estou te seguindo.
    Abs, Aíla Sampaio
    http://www.literaila.blogspot.com

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  4. Augusto dos anjos...inesquecivel !!

    um beijo, querida !

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  5. Muito bonito essa ode à esperança de Augusto dos Anjos.

    Beijos

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  6. Boa Noite Amiga!!!

    O que seriamos sem a doce esperança a nos alentar e sustentar!!!
    Irmã da Fé...andam juntas a nos alegrar!!!

    Uma Noite de Paz e tranquilidade!!!

    Um grande Beijo

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  7. É a última que morre, precisa estar viva para apagar ou ascender a luz...

    Beijos!

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Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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