A infância me ensina até hoje
que os problemas são bolhas de sabão que se dissolvem rapidamente, e os sentimentos negativos são como balas de coco, que se não puxadas ainda quentes, endurecem.
A infância me ensina até hoje que , quando me torno exigente demais comigo mesma e com os outros, o melhor a fazer é “ver se estou lá na esquina” e, se eu quiser compreender a vida e seus mistérios, vou sempre ser “gente descalça”.
A infância me ensina até hoje que, para certas situações, é preciso treinar os passos com sapato de salto alto, bem maior do que meus pés, e que, quando cansada, devo sempre pedir colo e deitar minha cabeça no ombro de quem me ama .
A infância me ensina até hoje que, as coisas às vezes parecem grandes, porque me sinto muito pequena, e que muitas feridas da alma saram com um beijo molhado.
A infância me ensina até hoje, a cantar alto no banheiro, sem preocupar-me em desafinar, apagar as velinhas no dia do meu aniversário, rezar antes de dormir e sonhar... porque anjos existem.
Quando assim vivo, sinto-me feliz e esperançosa como o velho pescador que joga sua rede no mar e tem certeza de que o mar lhe responderá, oferecendo-lhe muitos peixes.
Quando assim vivo, estou mais aberta para aprender, apreciar e maravilhar-me com tudo que há ao meu redor.
E o mais importante: permito-me ser fraca, franca e boba, e pedir ajuda sempre que não sei.
escrito em 2009
Linde e reflexivo texto!Uma semana ótima pra ti!beijos,chica
ResponderExcluirEliete gosto do que você escreve. Sempre aprendo algo de bom e importante. bjs, Ana
ResponderExcluirAmei esse post!!! Como é bom abrir o baú da nossa infância para resgatar doces lembranças... momentos, cheiros e sabores inesquecíveis... buscar inspiração e alegria para ver todas as coisas, o mundo, as pessoas, com a pureza e isenção de um coração imaculado.
ResponderExcluirBjs Eliete.
Acho que deve fazer parte da vida reconhecer e assumir as nossas fraquezas.
ResponderExcluirO blogue vai bem bonito, Eliete.
Um beijinho amigo segue daqui, para si...
Eliete,
ResponderExcluirlindo texto...
Mas não deixa de provocar alguma nostalgia....
da infância resta a boa memória,na fasea adulta nem sempre o colo que desejamos está disponíel para nos receber,e, as mãos que consideramos eternas parecem que se esquecem de nos tocar...
Sua, sempre
ana