Instante de amor
(Ao meu neto, João Vicente)
Mas os gestos úteis não devem ocultar os gestos agradáveis.
Gaston Bachelard
Como traduzir
um instante de amor?
Como explicar
um gesto que abraça e integra todo o seu ser, que é capaz de unir o Céu e a
Terra, o corpo e a alma, em questão de segundos?
E para que
interpretar, explicar ou traduzir a comunhão de um instante?
Por que não
sentir, somente?
Não é
suficiente o sentimento capturado e vivido com a máxima intensidade?
Respondo que
Não! Concordo com Hannah Arendt, filósofa alemã, quando afirma: “Humanizamos o que ocorre no mundo e em nós
mesmos apenas ao falar disso, e no curso da fala aprendemos a ser humanos”.
Narrar esse
instante de amor é prolongá-lo, é voltar a sentir, é eternizá-lo...
A memória
deste gesto – sua mãozinha procurando pela minha- reafirma a certeza de que um
amor maior está sendo construído. O calor e a carícia resultante do encontro de
nossas mãos, criaram uma intimidade
profunda e fecunda que atravessou todos os poros, uniu gerações e confirmou o
sentido da minha vida.
Mãos que se
transformaram em ninhos de alegria, de confiança e de esperança.
É o
impalpável sentimento brotando do palpável roçar das palmas de nossas mãos que
velará meus sonhos e despertará as raízes de minha vida.
Lindo, emocionante e bem dedicado! bjs, chica
ResponderExcluirPalavras plenas de ternura com uma delicadeza emocionante...
ResponderExcluirUm grande abraço.
Élys.
Verdade... Viver o momento é muito mais importante do que ficar explicando, analisando. Viver o momento é o bastante e não cabe mais nada dentro dele, a não ser viver. bjs.
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