Estou
com saudades de Deus,
uma saudade tão funda que me seca.
Estou como palha e nada me conforta.
O amor hoje está tão pobre, tem gripe
meu hálito não está para salões.
Fico em casa esperando Deus,
cavacando a unha, fungando meu nariz choroso,
querendo um pôster dele, no meu quarto,
gostando igual antigamente
da palavra crepúsculo.
Que o mundo é desterro eu toda vida soube.
Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai
pra casa onde está meu pai.
Adélia Prado em O coração disparado, ed. Record.
Grande escritora a Adélia Prado. Muito lindo isso!
ResponderExcluirOlá, Eliete.
ResponderExcluir"Que o mundo é desterro eu toda vida soube" - sabia Adélia Prado e nós também, para nossa dor. Que mais dizer? Bela escolha ;)
bjo amg
Oi, Eliete....que boa lembrança....Adélia Prado com o sentimento contundente da saudade de Deus...esta sede de amor que nunca cessa. Lindo poema e expressiva imagem!
ResponderExcluirum abraço
Saudades de Deus é sentir o coração. saudoso de amor.
ResponderExcluirUma bonita poesia.
Um abraço, Élys.
Excelente escolha, lindo poema.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
É sempre um prazer ler Adélia Prado, lindo.
ResponderExcluirAbraços
Adorei ler o poema de Adélia Prado! Excelente postagem!
ResponderExcluirBom final de semana, Eliete.
Beijos