quarta-feira, 5 de junho de 2013


Quando eu era jovem, a

corrente que me arrastava corria forte e

rápida. A brisa da primavera derrotava-se

a si mesma, as árvores ardiam em flores e

os pássaros não dormiam, cantando sem

parar.


Naveguei vertiginosamente,

Arrebatado pelo dilúvio da paixão. Eu não

tinha tempo para ver, sentir ou deixar que

o mundo entrasse em meu ser.


Agora que a maré da juventude

Baixou e eu restei na praia, posso ouvir a

Profunda música de todas as coisas, e o céu

abre para mim o seu coração cheio de estrelas.

(Tagore, 1991,p.38)

3 comentários:

  1. LINDO!!! Tagore é demais sempre!Vale muito ler! beijso,chica

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  2. Oiii minha flor!!!!
    Lindas as palavras...
    Acho que só o tempo e o amadurecimento é que nos ensinam a parar e contemplar as coisas ao nosso redor... A vida, a natureza, a beleza das coisas... Enxergando tudo ainda mais leve e bonito, dando o devido crédito a cada coisa... Agradecer... Um lindo restinho da semana...

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  3. Que coisa mais linda, Eliete! Tagore é sabedoria pura, faz bem à alma...acho que o amadurecimento traz de volta a nossa inocência perdida, por tantas couraças adquiridas...bárbaro! bjsssssss

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Apontadora de Idéias

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"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Lewis Carroll)

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